Síndrome dos Ovários Policísticos: alimentação adequada é aliada no tratamento
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Síndrome dos Ovários Policísticos: alimentação adequada é aliada no tratamento

Por Rede D'Or

A atriz Larissa Manoela anunciou recentemente em sua conta do Twitter que recebeu o diagnóstico de ovário policístico em seu último exame de ultrassom. Essa condição pode apresentar dois cenários, de acordo com especialistas.


O primeiro ocorre logo após o início da menstruação, quando os cistos podem surgir devido a uma imaturidade dos ovários, mas a situação se normaliza em poucos meses. Já no segundo cenário, os cistos denunciam uma doença metabólica que pode ter consequências mais sérias. Neste caso, fala-se em Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).


Entre 20% e 30% das mulheres podem desenvolver cistos nos ovários, isto é, pequenas bolsas que contêm material líquido ou semissólidos. São os ovários policísticos, que normalmente não têm importância fisiológica, mas que em torno de 10% estão associados a alguns sintomas. Os outros casos são assintomáticos.


A diferença entre cisto no ovário e ovário policístico está no tamanho e no número de cistos.


A síndrome acomete principalmente mulheres entre 30 e 40 anos, e o diagnóstico tornou-se mais preciso com a popularização do exame de ultrassom. Estima-se que no Brasil haja 2 milhões de mulheres com essa condição.


Os principais sintomas são:

  • Alterações menstruais – podem ser de vários tipos. Em geral, as menstruações são espaçadas, a mulher menstrua apenas poucas vezes por ano. Mas também pode haver tanto menstruação intensa como ausência de menstruação;

  • Hirsutismo – aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen;

  • Obesidade – há tendência à obesidade, sendo que ganho significativo de peso piora a síndrome;

  • Acne – Em virtude da maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas;

  • Infertilidade;

  • Também pode haver queda de cabelo e depressão.

Tratamento multidisciplinar para SOP

Além das medicações específicas e do uso de anticoncepcional, indicado para certos casos, o especialista diz serem benéficos suplementos antioxidantes como cúrcuma, berberine, ácido-alfalipóico, inositol e melatonina, e a suplementação de vitaminas como B12, ácido fólico, vitamina B6 e vitamina D. O acompanhamento nutricional é outro aliado.


Dietas específicas e de curto prazo, como de baixo índice glicêmico, Low Carb, cetogênica e jejum intermitente, podem ser benéficas em alguns casos”, exemplifica. A atividade física moderada a intensa por pelo menos 150 minutos na semana, que podem ser fracionados em 3 a 5 treinos, também é fundamental para manter o peso equilibrado.


Para mulheres que acabam de receber o diagnóstico, ele aconselha que já iniciem atividade física, associando sempre cardio e musculação, trabalhem a higiene do sono, reduzam a ingestão de bebidas alcoólicas e, claro, procurem ajuda de uma equipe médica multidisciplinar. Atenção aos alimentos consumidos é outro ponto importante. Alimentos de índice glicêmico alto, como farinhas refinadas, açúcares, sucos concentrados e refrigerantes, devem ser evitados, pois, elevam os níveis de insulina. Os que são ricos em gorduras saturadas e inflamatórios, como os embutidos, também não são recomendados.

Já os alimentos ricos em fibra e integrais ou de baixo índice glicêmico, como raízes e leguminosas, são bem-vindos, assim como verduras e vegetais, pelo aporte de nutrientes e vitaminas. O grupo das castanhas, como nozes e castanha do Pará, é outro que entra no cardápio, além de alimentos anti-inflamatórios, peixes, linhaça, chia e ingredientes ricos em ômega-3.

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