Violência nos condomínios e a cidadania que nos falta

Por Rodrigo Azevedo

Se grande parte da população das metrópoles vive em prédios de condomínio, é natural deduzir que dentro destas comunidades ocorram casos de violência. Sejam desentendimentos entre vizinhos que terminam em agressões mútuas, ou mesmo agressões veladas que caracterizam uma das nossas maiores mazelas sociais: o abuso e a violência contra a mulher. Ou ainda os maus-tratos contra crianças e idosos, que podem terminar em morte.

É certo que cada caso é um caso, mas não devemos tolerar nenhum tipo de violência. Em especial aquela direcionada aos mais vulneráveis. No entanto, o morador de condomínio, a quem gosto de chamar de vizinho, em geral, não tem o ímpeto para se envolver diretamente em situações como essa. Normalmente irá comunicar a portaria ou procurará avisar o síndico do que está acontecendo.

Importante frisar que, em casos de violência, ou na eminência de um crime, primeiro se deve acionar as autoridades. Isso pode ser feito via 190 ou também por meio do aplicativo da polícia militar, recém-lançado. Só depois disso a comunidade se movimentará no sentido de avaliar medidas conjuntas para cada caso específico. Existem diversos estatutos e leis que protegem a criança, o adolescente, a mulher e o idoso. Para o vizinho, vale também conhecer estes dispositivos para compreender seus mecanismos de ação.

Cada um de nós deve assumir responsabilidade individual pela proteção e avanço da sociedade. E mais, as nossas vidas dependem disso. Só avançando na compreensão e no exercício da cidadania evoluiremos no sentido da proteção e da segurança dos nossos.

Rodrigo Azevedo é habilitado pela Assosindicos-SP como Síndico Profissional, exerce a atividade desde 2013. Passou por empresas como Grupo Hitachi e Telefonica / Vivo. Como jornalista focado do setor condominial, ministra cursos e palestras, atendendo clientes em quatro estados. É administrador de empresas, especializado em gestão empresarial.