Por Paulo Panayotis
São Paulo/SP – Você está feliz da vida, seguindo para o aeroporto, para aquela viagem de férias. Chega cedo, faz check-in, despacha as malas e segue, despreocupadamente, para a sala VIP ou para o portão de embarque para esperar a tão desejada hora. Opa! Vou aproveitar para carregar a bateria do meu celular, pensa instintivamente você. E é aí que o “bitcho pega”. Recentemente o FBI americano ( o serviço de investigações dos EUA), emitiu um alerta para os cidadãos norte-americanos que viajam constantemente, principalmente para países da América Latina e Asia: “Não utilizem as estações de recarga gratuita dentro dos aeroportos para recarregarem seus celulares”. Estranho? Nem tanto. Segundo o FBI, aumentou muito o número de viajantes que foram “hackeados” após utilizarem tais dispositivos em aeroportos da América do Sul, Central e Ásia, incluindo aí o nosso querido Brasil! “Também orientamos os cidadãos norte-americandos a evitarem recarregar seus celulares em hotéis, shopping centers e qualquer outro local público no Brasil, Argentina, Paraguai, etc. reforça o FBI”.
Como os golpistas roubam seus dados
O golpe é sensacionalmente simples e funcional: eles “subtraem” seus dados na hora em que você conecta seu carregador ou o fio do carregador em portas USB oferecidas “gratuitamente” nos aeroportos, shoppings, hotéis e vários outros pontos públicos. Já sacou que o barato, como quase sempre, sai bem caro né?. O nome é complicado mas o golpe nem tanto: os golpistas conectam um dispositivo, chamado de “juice jacking” na entrada USB do local onde você vai dar aquela carregadinha no seu celular e pronto: na hora em que você conecta, dependendo da marca do seu aparelho, podem surgir dois avisos. O primeiro perguntando se você confia nesta conexão. O segundo, se você quer mesmo usar essa conexão como forma de carregar seu celular. Na maioria das vezes, já em “modo viagem”, você diz que sim, e tchan, tchan, tchan, tchan! Você começa a transferir imediatamente todo o conteúdo do seu telefone ( e isso inclui eventuais senhas, contatos, endereços, etc) para aquele hacker bacana, que sorri, sorri, sorri à medida que seus dados vão sendo importados, digo, roubados!
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Outra forma, mais sutil ainda, é quando o criminoso instala em seu celular, por meio da tomada ou USB que você está usando para carregar seu aparelho, um malwere. Esse malwere, ou seja, um vírus, passa a transmitir sem que você nem perceba, todos os seus preciosos dados para os hackers que estão recebendo, catalogando e vendendo os seus dados. Sim, TODOS os seus dados! E por um bom preço. Assim, sem você perceber, e na maioria das vezes enquanto você está a bordo do avião, eles esvaziam sua conta corrente, sacam de sua poupança, transferem e encerram suas aplicações financeiras!
E agora meu Deus, não posso mais viajar?
Claro que pode. Para evitar esse problemão, basta ir para o aeroporto com seu celular carregado e NUNCA usar os tais pontos gratuitos e estações de recarga oferecidas nas salas de espera. Outra alternativa é levar um power bank ( uma daquelas baterias portáteis) ou ,ainda, recarregar seu querido telefone dentro do avião. A maioria dos aviões hoje em dia oferece este serviço. De resto, segura sua ansiedade para recarregar seu querido celular e boa viagem!
Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de Tv, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis e Universal Assistance.