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Uma Relação Tão Delicada estreia no Teatro UOL em janeiro de 2023

Depois de uma temporada bem-sucedida na capital carioca, Uma Relação Tão Delicada, nova versão para o premiado texto da francesa Loleh Bellon, estreia no Teatro Uol, em São Paulo, no dia 6 de janeiro de 2023. O espetáculo tem direção de Ary Coslov e é estrelado pelas atrizes Amanda Acosta e Rita Guedes, que idealizou a nova montagem.

Imagem: Jackson Vogel

Escrita em 1984, “De Si Tendre Liens” (nome original em francês) foi montada no Brasil pela primeira vez em 1989, em uma encenação vencedora dos prêmios Molière e Shell, estrelada por Irene Ravache e Regina Braga. Já na França, a obra ganhou o Grand Prix du Théâtre da Academia Francesa em 1988, e, recentemente, ganhou uma nova montagem em 2017.


A trama mergulha naquilo que há de mais frágil e singular da relação entre mãe e filha. Tem como personagens centrais uma mulher divorciada, Charlotte, e sua filha, Jeanne. No presente de seus diálogos, que trazem as memórias de uma vida conjunta, as épocas se confundem, se sucedem em desordem. É assim que a criança desejosa da presença e do amor de sua mãe é sucedida pela mãe, enfraquecida pela idade, e que acaba por reproduzir a mesma demanda que sua filha quando criança. Frente a frente estão agora Jeanne, mulher adulta, emancipada, que tem a sua própria família, enquanto Charlotte envelheceu e perdeu em autonomia. É dessa forma que se encena a relação entre uma mãe (da fase adulta à velhice) e uma filha (da infância à fase adulta) unidas por um vínculo amoroso, terno e forte.


Uma Relação Tão Delicada propõe reflexões sobre o interior da relação entre mãe e filha, sobre o envelhecimento e sobre como o sentimento de amor vai se transformando ao longo dos anos. E, como o próprio nome antecipa, a peça ainda mergulha naquilo que há de mais frágil e singular na relação entre as duas: os choques, as tensões, as incompreensões e as cobranças.


Não é preciso ser mulher, mãe ou filha, para experimentar as várias ressonâncias que a encenação permite sentir. Todos podem se identificar nas emoções que marcam as memórias de infância da filha, e que ainda se faz presente em sua vida adulta; como também, com a mãe, que parece sentir os mesmos temores que sua filha com o passar dos anos.

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