São Paulo inaugura a primeira escola de profissionalização para população em situação de rua
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São Paulo inaugura a primeira escola de profissionalização para população em situação de rua

O Projeto Cozinha Escola Solidária, localizado em Santa Cecília, no Centro, ofertará mais de 700 refeições prontas

Reprodução/Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo viabilizou no dia 10 de fevereiro, por meio da assinatura de um Termo de Fomento, a primeira escola de profissionalização para população em situação de rua no município. Trata-se do Projeto Cozinha Escola Solidária, localizado no interior do centro de pesquisa e cultura Bibli-ASPA, em Santa Cecília, na região central. O termo foi assinado entre a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDH) e o Movimento Estadual da População em Situação de Rua (MEPSR). O objetivo desta iniciativa é atender, por meio da distribuição de marmitas, a população em situação de rua e, complementarmente, resgatar a autonomia e a autoestima desse público através de atividades de inclusão produtiva na Cozinha Escola.


Desde o dia 14 de fevereiro, o projeto passou a distribuir 755 refeições diariamente, ao longo de seis meses, período que servirá como experiência piloto do projeto.


A proposta da Cozinha Escola Solidária é formar cidadãos em situação de rua, possibilitando sua entrada no mundo do trabalho de forma autônoma. Os alunos aprenderão e farão refeições para serem distribuídas para a população em situação de rua, com cardápios diferenciados diariamente. No equipamento também serão promovidos cursos sobre direitos humanos.


O curso será realizado de segunda a sexta-feira e terá duração de seis meses. Os participantes desta primeira turma foram pré-selecionados, pois trata-se de um projeto piloto. Eles já tinham proximidade com o Movimento Estadual e não recebiam qualquer tipo de remuneração.


“Desde o começo da pandemia, a segurança alimentar da população em situação de rua da cidade e o combate à fome dos mais vulneráveis foram preocupações constantes da gestão Bruno Covas e do nosso prefeito Ricardo Nunes. E para garantir o acesso digno dessa população à uma alimentação saudável, agora damos um passo ainda mais importante com a oportunidade de reintegração social por meio da qualificação profissional, o que considero ser um ganha-ganha sem precedentes para a cidade”, afirma a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto.


Para a coordenadora de políticas para população em situação de rua da SMDHC, Giulia Patitucci, propiciar a oferta de alimentação à população em situação de rua e, ao mesmo tempo, oferecer qualificação profissional e geração de renda é fundamental.


“É o que nos motiva a trabalhar todos os dias para a construção de políticas públicas que efetivamente mude a vida das pessoas”, enfatiza.


Parceria

O Projeto Cozinha Escola Solidária é administrado pelo Movimento Estadual da População em Situação de Rua (MEPSR), em parceria com a Bibli-ASPA, onde fica localizada a cozinha, que começou a ser construída em 2020.


O MEPSR foi fundado no ano 2000 por Robson Mendonça, seu atual presidente. Entre seus objetivos destacam-se prestar assistência à população em situação de rua; promover sua reintegração social e lutar por seus direitos.

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