‘Segredos da Playboy’ expõe bastidores obscuros da revista que desnudou beldades
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‘Segredos da Playboy’ expõe bastidores obscuros da revista que desnudou beldades

Série documental do A&E mostra que mundo dos sonhos da Mansão Playboy e vida de glamour das coelhinhas era, na verdade, um pesadelo


O canal de TV por assinatura A&E estreia neste domingo, dia 19 de junho, a partir das 22h, a nova série documental Segredos da Playboy (Secrets of Playboy), que revela o lado mais sombrio do império criado há quase 70 pelo magnata da comunicação Hugh Hefner (1926-2017).


Sob uma perspectiva de gênero e ênfase no movimento #MeToo, a produção de 12 episódios mostra as verdades ocultas por trás do império da Playboy, à medida que investiga o universo complexo criado por Hugh Hefner. Além disso, o personagem é desconstruído – além da pessoa diante da opinião pública – com foco no sofrimento das mulheres que habitavam a Mansão Playboy, localizada em Los Angeles, Califórnia.


Segredos da Playboy traz material inédito, incluindo imagens de arquivo e entrevistas exclusivas com especialistas de todas as facetas do mundo Playboy, muitos dos quais compartilham suas histórias pela primeira vez.

Coelhinhas, ou Playmates, em cena da série documental Os Segredos da Playboy.

No episódio de estreia, O legado, Hugh Hefner se vendia como se fosse um defensor da liberdade de expressão, criada pela marca Playboy para desencadear uma revolução sexual que libertaria igualmente homens e mulheres. No entanto, ao longo dos anos, ele usou o seu poder para manipular mulheres e silenciar as suas denúncias.


Em seguida, às 22h45, em A garota ao lado, nos anos 2000, Hugh Hefner reinventou a si mesmo e a sua marca por meio do sucesso do reality show “The Girls Next Door”, que retratava o que se vivia na Mansão Playboy como se fosse um conto de fadas. Mas as suas protagonistas revelam a verdadeira realidade cheia de regras, trapaças e brigas.


A série estará disponível também no History Play.


História

Até o surgimento da Playboy, em 1953, nudez era uma categoria clandestina nas publicações e não era bem vista pela sociedade. Pioneira, a revista rompeu com esse paradigma e colocou o corpo nu da mulher como objeto de consumo na mídia impressa.


A série revela como aquele portal de prazer para os homens, por meio de páginas impressas, levou a um mundo sombrio de predadores sexuais, envolvendo celebridades.


O programa aborda o tráfico e abuso de mulheres (muitas delas menores) que acabaram em mansões satélites que funcionavam como clubes particulares para realizar orgias.


Essas “mansões escondidas” abrigavam as garotas que não chegavam às edições da revista Playboy.

Tudo era como um culto”, diz Miki García, a ex-coelhinha que trabalhou para a Playboy como chefe de promoções entre 1973-1982.


As mulheres foram preparadas e levadas a acreditar que faziam parte desta família. E Hefner acreditava ser o dono daquelas mulheres. Algumas playmates tiveram overdose, outras cometeram suicídio”, revela Garcia ao explicar que pensou em escrever um livro para denunciar essas atrocidades.


A mansão

Em 1971, Hefner comprou a mansão e criou um verdadeiro oásis para adultos. “Ninguém te julgava naquele ambiente luxuoso e glamoroso, era como uma Disneylândia para adultos“, lembrou León Kennedy, um dos amigos de Hugh, dos tempos mais inocentes da irmandade Playboy.


Éramos invisíveis, ele só dava ordens, éramos seus servos“, recordou também Stefan Tetenbaum, um dos mordomos da casa, acrescentando que “havia cerca de 150 regras para administrar na mansão e uma das mais importantes era que não devíamos falar com as meninas”.


A ilusão de liberdade sexual não reprimida contrastava com a realidade de abuso físico e emocional de milhares de mulheres do mundo Playboy.


A produção explora como o império de Hefner manipulava mulheres em um ambiente tóxico, silenciando suas vozes, colocando-as umas contra as outras e abrindo a porta para predadores sexuais.


Segredos da Playboy – A&E

Domingos, às 22h



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