Pazzari turco nos céus da Capadócia!
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Pazzari turco nos céus da Capadócia!

Por Paulo Panayotis


Aproveitando a onda de frio que varre a Europa, hoje vamos voar, literalmente, pela Turquia. Mais especificamente pela Capadócia, na Ásia Central. Uma experiência única e inesquecível que você tem que experimentar tão logo termine esta pandemia, ok? Boa viagem!

Goreme, Capadócia/Turquia. - Você reserva dois lugares para mim? Claro, diz eufórico o dono do hotel. “Amanhã, temos previsão de tempo claro, apesar dos cinco graus negativos”, completa ele. E quanto custa por pessoa? São 170 euros, responde o comerciante em um inglês turco! Caro, penso na hora. Isso equivale a mais de mil e cem reais por pessoa! Mas, penso também, quando é que voltarei para a Capadócia e terei a oportunidade de passear de balão por estes vales que mais lembram paisagens lunares?

Balões colorindo o céu da Capadócia

Estou na Capadócia, interior da Turquia, pela segunda vez. Na primeira, tive pouco tempo e optei em não fazer o tal passeio. Me arrependi. Agora farei, custe o que custar! Imagino que, na pequena cidade de Goreme, internet só nos grandes hotéis. Ledo engano! A Turquia é um país parecido com o Brasil sob muitos aspectos. Vem se modernizando rapidamente e já há grande oferta de internet por toda parte. Entro em uma internet-café mais para comprar um guia da região do que para acessar a rede. Papo vai, papo vem e vejo na parede um cartaz oferecendo passeios de balão pela esplendida “Terra dos lindos cavalos” (livre tradução de Capadócia). E para meu espanto, pela mesma companhia oferecida no hotel, com o mesmo roteiro e as mesmas condições, enfim, tudo igual... Bem, quase tudo. - Quanto custa por pessoa, pergunto ao meu simpático amigo. “Bom, diz ele, já que estamos em baixa temporada, no inverno, posso fazer por 90 euros com tudo incluído.

Balões perto do chão

O carro pega você no hotel e leva até o local. Antes servem um café da manhã reforçado e em seguida você sobe para um passeio inesquecível. Quer um ingresso?” Óbvio que eu quero! Só não tenho certeza, ainda, de que se trata do mesmo, exatamente do mesmo passeio. Vou até meu hotel, tiro a dúvida e volto em seguida, já fazendo as contas. Estou no Vezir Caves Suites, um pequeno hotel boutique que tem os quartos esculpidos na rocha. Sim, vocês têm razão. É quase o dobro! Será o mesmo passeio, a mesma companhia, o mesmo roteiro? Com essas dúvidas chego e conto a história para um desconfiado turco. Detalhe: é o dono do hotel onde estou hospedado. “Impossível, não é o mesmo passeio”, afirma ele. Então, digo, se eu cancelar com você e fizer com outra pessoa não tem problema? Nenhum. Mas garanto que não é a mesma companhia, sacramenta ele já meio irritado. Volto à internet-café mais rápido do que se tivesse voado de balão. Fechado, digo feliz da vida. “Impossível, balbucia meu agora tímido e cabisbaixo amigo... O senhor já havia reservado no hotel e, portanto, não posso passar por cima dele. Impossível! Já desconfiado, retruco: - Meu amigo, eu falei com o dono do hotel e ele me disse que não há problema algum. Eu cancelei a reserva com ele e disse que viria aqui fazer com você. Até disse a ele que caso fizesse um desconto, faria o passeio com ele, emendei, mas ele se mostrou irredutível!

Minutos antes de decolar: alegria e ansiedade!

Neste instante entra no café o dono do hotel e tem início uma discussão. Argumento, contra-argumento e nada. Proponho o seguinte, disse eu tentando sair fora do barraco turco que se aproxima: - Você faz um bom desconto e eu mantenho minha reserva, decreto. “Impossível, quase bradou um injuriado turco se fazendo de ofendido. Não se trata de dinheiro, arremata ele. - Então se não se trata de dinheiro me dê o passeio de presente, arrisco. Encurralado, o turco pensa, pensa e, meio humilhado e sem saída, fuzila: Então prefiro dar de graça! - Assim também não quero, retruco, apressando-me em mostrar minha dignidade que está escondidinha por causa do frio congelante... - Estou me sentindo enganado, concluo! E neste instante revelo que sou jornalista e que trabalho com turismo. “Que prejuízo, deve ter pensado ele” ... onde me meti, vejo em seus olhos! Para resumir: o errado é ele e, ao final, acabo fazendo o passeio sem pagar nada. O turco queria cobrar pelo mesmo passeio o dobro do preço! Pazzari, amigo pazzari! O que significa? Pechincha, amigo, pechincha! O passeio, de fato, é inesquecível. Acabei pagando os EU$ 90,00 depois do passeio. Provavelmente, dividiram o valor. Achei justo. E vocês? Detalhes do passeio? Vai lá: www.oquevipelomundo.com.br

Jornalista Paulo Panayotis no Vale do Amor, Capadócia

Fotos: Paulo Panayotis & Adriana Reis.


Paulo Panayotis é jornalista especialista em turismo, mergulhador e fundador do Portal OQVPM - O Que Vi Pelo Mundo. Mora na Europa, tem passaporte carimbado em mais de 50 países e viaja com patrocínio e apoio Avis, Travel Ace e Alitalia. O jornalista se hospedou a convite do grupo Maisons & Hotels Sibuet representado no Brasil pela AD Comunicação

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