“Paciência Histórica”, pensando no futuro
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“Paciência Histórica”, pensando no futuro

Por Coronel Camilo


Foto: Pixabay

Há ações que, sabemos, tem que ser feitas, ações que precisamos iniciar, mesmo tendo a certeza de que não veremos o seu final. A isso, um grande e sábio amigo, o “velho soldado ou soldado velho”, como costumava se apresentar o sábio General de Exército João Camilo Pires de Campos, denominava “Paciência Histórica”. São ações que executamos, ou pelo menos iniciamos, pensando nas gerações futuras, ações que trarão bem-estar, protegerão o planeta, nossos amigos, nossas famílias, nossos filhos e netos, mas que poderemos não ver concretizadas.


"Paciência histórica" nesse contexto se refere à disposição de iniciar um projeto ou empreendimento significativo, mesmo sabendo que os resultados ou benefícios completos não serão visíveis durante a nossa vida ou tempo de liderança. É uma abordagem que valoriza a contribuição para o bem-estar futuro da sociedade, mesmo que as recompensas imediatas sejam limitadas. Assim, devemos iniciar o que tem que ser feito, mesmo que não possamos usufruir os benefícios daquela ação.


Essa ideia está relacionada à noção de que algumas mudanças sociais, políticas ou econômicas podem levar gerações para se concretizarem. Portanto, líderes ou agentes de mudança que iniciam esses esforços estão dispostos a investir tempo e recursos em algo que talvez nunca verão totalmente realizado, mas acreditam que é crucial para o futuro.


Exemplos clássicos deste conceito incluem projetos de infraestrutura de longo prazo, como a construção de grandes represas, sistemas de transporte ou programas educacionais. Os líderes que iniciam esses projetos podem não colher todos os benefícios diretos, mas eles acreditam que essas iniciativas são fundamentais para o desenvolvimento e o bem-estar das gerações futuras.


Há vários exemplos pelo mundo afora, mas podemos citar alguns muito presentes e fáceis de entender, como a hidrelétrica de Itaipu, a usina de Angra dos Reis, a transposição do Rio São Francisco. Imagine se os que nos antecederam resolvessem não construir a malha ferroviária e metroviária que temos hoje pelo simples fato de que não veriam o resultado final da obra pronta. Temos que desenvolver os nossos projetos com resultados imediatos, mas temos que iniciar também aqueles que farão a diferença para as futuras gerações.


Precisamos ter essa visão de longo prazo e comprometimento com o bem comum, mesmo quando os resultados imediatos podem ser limitados. Essa também é uma forma de contribuirmos para um futuro melhor, para um mundo melhor. Pense nisso!



Coronel Camilo é formado em Administração de Empresas pelo Mackenzie, com bacharelado em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela FIAP e em Gestão de Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.



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