Inteligência Artificial no Metrô de São Paulo
top of page
Buscar

Inteligência Artificial no Metrô de São Paulo

Por Coronel Camilo


Assim que o Metrô iniciou a instalação das câmeras digitais com reconhecimento facial e inteligência artificial, surgiram vários questionamentos: se a Companhia poderia utilizar essa tecnologia; se isso não configuraria uma invasão da privacidade das pessoas que se utilizam desse meio de transporte; se não estaria desrespeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Inclusive uma demanda judicial surgiu e chegou a interromper, por algum tempo, a implantação. Tudo foi vencido e agora contamos com uma operação mais segura, com muita tecnologia, tudo a favor do cidadão de São Paulo.


No último dia 21 foi inaugurado o novo sistema de monitoramento do Metrô de São Paulo. A atualização aconteceu na Linha 3 - Vermelha, que ganhou mais 945 câmeras que, somadas às 436 existentes, totalizam 1.381 câmeras nas suas 18 estações. Agora todo esse parque de monitoramento, todo digital, conta com inteligência artificial e reconhecimento facial, agregando muito valor ao serviço operacional e à segurança de todos. A implantação avançará gradativamente para as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, totalizando, até 2024, 5.088 câmeras.


Tanto a inteligência artificial quanto o reconhecimento facial estão amplamente dentro da legislação, inclusive da LGPD, pois serão utilizados para a segurança dos usuários, ou seja, para a segurança pública. A inteligência artificial pode, por exemplo, identificar uma criança perdida numa plataforma ou que adentre a algum local restrito da estação. Pode também identificar um pacote abandonado, uma pessoa que permaneça por muito tempo numa plataforma e não embarque nos trens ou uma pessoa com problemas mentais. Situações que podem ser identificadas e permitem a ação rápida e assertiva de um agente de segurança.


O reconhecimento facial, tecnologia muito utilizada na rede bancária, de vendas on-line, em aplicativos e até em muitas portarias de prédios comerciais, para identificar as pessoas por meio de uma comparação com bases de dados, permitirá, no futuro, com estabelecimento de convênios com a prefeitura de São Paulo e com a Secretaria da Segurança Pública, a troca de informações e a busca por pessoas desaparecidas e procurados da justiça.

Cada vez mais somos filmados no dia-a-dia, no elevador, na portaria do prédio, nas ruas pelas companhias de trânsito, nas calçadas por câmeras de prédios, em muitos ônibus, na entrada do trabalho, só para dizer o mínimo. Cada vez mais o poder público investe em tecnologia e isso só tende a crescer. Sendo utilizada de forma correta e para o bem do cidadão, é sempre bem-vinda.


Coronel Camilo é secretário-executivo da Polícia Militar. É formado em Administração de empresas pelo Mackenzie, com bacharelado em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela FIAP e em Gestão de Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.

bottom of page