Espetáculo leva ao palco o conto do alemão Thomas Mann, um dos maiores escritores do século 20
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Espetáculo leva ao palco o conto do alemão Thomas Mann, um dos maiores escritores do século 20

Elenco traz Maria Cristina Vilaça e Plínio Soares

Imagem: Ligia Jardim

Vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1929, o conceituado escritor alemão Thomas Mann (1875-1955) tem um de seus contos transformado na peça O Caminho do Cemitério Corria Sempre ao Lado da Estrada.


A história acompanha um senhor, já desiludido da vida, rancoroso com o seu destino, que caminha para o cemitério para visitar os túmulos de sua esposa e de seus filhos. A sua tristeza destoa da tarde vibrante e ensolarada que ilumina a estrada que corre paralela ao caminho do cemitério. Tudo segue seu ritmo até que os caminhos se invadem. Um jovem ciclista passeia desavisadamente pelo caminho do cemitério e perturba radicalmente o ritual daquele triste senhor. A encenação do conto curto de Thomas Mann é um convite ao espectador para ser cúmplice da escolha possível pela leveza no trajeto desse caminho.


Filho de um alemão e uma brasileira, Mann é mais conhecido por romances como “O Buddenbrooks”, “A montanha mágica”, “Morte em Veneza” e “Doutor Fausto”, no entanto, ele também se dedicou a escrever contos e novelas ao longo de toda a sua produção literária. Suas obras ressaltam os conflitos éticos, morais, políticos, sociais e psicológicos de forma vigorosa.


A atriz mineira Maria Cristina Vilaça, que idealizou a montagem, conta que esse texto a acompanhou em diversos momentos de sua vida profissional. “Há 30 anos eu conheci esse conto que, como leitora e atriz, nunca deixou de me surpreender, a cada nova oportunidade de investigação. Num texto tão breve, a mim são reveladas diferentes e profundas dimensões, que não se esgotarão no processo dessa montagem teatral, tenho certeza.” Ela ainda acrescenta que convidar o Celso Frateschi para dirigir foi uma escolha natural, conhecendo o processo dele nos núcleos de pesquisa do Ágora Teatro. “Além da pesquisa do narrativo, o fato do Celso não separar o fazer artístico da militância política, possibilitou eu ter modificada uma percepção romantizada do texto literário, o que amplia enormemente meu próprio olhar para as circunstâncias apresentadas pelo autor. Se eu acreditava conhecer bastante o conto, não poderia imaginar o mundo de possibilidades que o estudo do texto e da construção da cena teatral me traria, na direção do Celso, ao me debruçar mais uma vez nas palavras do Thomas Mann.


O Caminho do Cemitério Corria Sempre ao Lado da Estrada, de Thomas Mann

Ágora Teatro - Rua Rui Barbosa 672 – Bela Vista Até 15 de dezembro, às quartas e quintas, 20h Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)

Vendas online: www.sympla.com.br


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