Especialista do Grupo CITA alerta: doenças reumáticas também acometem crianças
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Especialista do Grupo CITA alerta: doenças reumáticas também acometem crianças


Espaço de descompressão na clínica para crianças em tratamento (Foto: Divulgação)

O Grupo CITA, referência em saúde na Bahia e em São Paulo, atua nas áreas de Reumatologia, Dermatologia, Alergologia, entre outras. Na área de Reumatologia, a médica dra. Lara Melo, reumatologista pediátrica do Grupo CITA (Centros Integrados de Terapias Assistidas), formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e com título de especialista conferido pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, chama a atenção para um fato que tem sido ignorado ano após ano: as doenças reumáticas não acometem somente adultos ou idosos.


Outra crença que gera muito preconceito devido às doenças reumatológicas da infância serem pouco conhecidas pela população em geral, é achar que são doenças transmissíveis. São muitos os tipos de doenças reumatológicas da infância e cada doença tem uma idade mais comum de aparecer. Há doenças identificáveis já nos primeiros dias de vida, assim como doenças com maior taxa de início na adolescência, já próximas da idade adulta.


Lembrando que, neste mês é comemorado mundialmente o Dia da Infância (24 de agosto, agenda criada pela UNICEF justamente para reflexão sobre as condições de vida das crianças), a médica ressalta que, é fundamental a conscientização que doenças reumatológicas podem acometer este público. “Nós do Grupo CITA achamos importante incentivar esta conscientização, pois o conhecimento em torno dessas doenças e o diagnóstico precoce ajudam muito na qualidade de vida das crianças, pois quanto mais cedo uma doença reumatológica é descoberta, mais chances existem de controle da doença e redução de sequelas”, destaca a médica.


Doenças Reumáticas na Infância


Sobre as doenças reumáticas mais comuns durante a infância, dra. Lara Melo cita, entre outras, as chamadas doenças autoimunes como a Artrite Idiopática Juvenil; a Dermatopolimiosite; o Lúpus Eritematoso Sistêmico e as Vasculites, Doença de Kawasaki e Vasculite por IgA. A médica também diz que no Brasil há uma alta prevalência da Febre Reumática, quando comparado a países europeus e aos Estados Unidos.


Em relação à identificação destas doenças durante esta fase da vida, a especialista compartilha que os relatos dos pais durante a avaliação médica, associados aos exames laboratoriais e de imagem (caso necessários), são essenciais para um diagnóstico preciso.


Foto: Divulgação

Sobre a idade em que tais doenças costumam surgir, dra. Lara incluiu que algumas são identificáveis já nos primeiros dias de vida, já outras surgem na adolescência ou em fases próximas da idade adulta. Referente aos tratamentos mais indicados, a médica esclarece que estes se relacionam aos sintomas e à gravidade dos quadros apresentados. Ela também afirma que o diagnóstico precoce, o uso da medicação adequada e a regularidade do tratamento permitem melhores resultados.


Independentemente do contexto da doença reumatológica, a médica reforça a necessidade de que os pais acompanhem todo o processo. “É importante que os pais estejam cientes da doença, que aprendam a identificar fatores de piora e complicações para procurar atendimento médico rápido”, ressalta. Como no Brasil, o desconhecimento em torno das doenças reumatológicas que acometem as crianças ainda é grande, a médica alerta para a necessidade de que as escolas, dentro do possível, também contribuam para disseminar informações corretas sobre o tema, como desmistificando que essas doenças sejam transmissíveis entre as crianças. “A família e a escola são atores importantes na sociedade e podem, sem dúvida, trabalhar para promover mais conhecimento sobre as doenças reumatológicas”, argumenta.


É importante salientar ainda que, as crianças com doenças reumatológicas apresentam alguns fatores genéticos que as predispõem a terem essas patologias e, quando são expostas a fatores ambientais (como infecções), apresentam os sintomas da doença.


Os tratamentos podem ser desde analgésicos comuns e anti-inflamatórios como ibuprofeno, até medicamentos imunossupressores. Há medicamentos utilizados por via oral e injetáveis. Dependendo da doença, o paciente pode ter que realizar estes tratamentos tanto por um curto intervalo de tempo, como até por muitos anos. Na faixa etária pediátrica, as medicações mais utilizadas são os corticoides, as drogas modificadoras de atividade de doença como metotrexato e leflunomida, e alguns biológicos autorizados para a faixa etária como adalimumabe, etanercepte e tocilizumabe.


Dra. Lara Regina C. de Melo é reumatologista pediátrica na clínica Quíron/EVCiti, pertencente ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil e está disponível para entrevistas.

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