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Conte: 1,2,3 Milhas para não perder a paciência!

Por Paulo Panayotis


São Paulo. SP – Uma única vez na vida, comprei uma passagem aérea com uma destas grandes empresas de internet. Era o início das grandes “promoções”. Só não perdi porque agi rápido e “emparedei” a empresa antes que muitos consumidores percebessem que foram “ludibriados” e começassem a pedir reembolso. Faz muitos anos. No entanto, essa prática não somente continuou como se estruturou. Empresas desconhecidas viraram as “maiores anunciantes” do mercado publicitário da noite para o dia. Vide a 1,2,3 Milhas. O quê? Você entrou nessa? Sinto muito. Era um “prejuízo” anunciado.

Campanhas publicitarias com grandes ídolos

Há quem diga que é quase uma “pirâmide” financeira, onde a empresa se capitaliza, compra algumas passagens, entrega algumas viagens, coloca a maior parte do dinheiro no bolso e, como o dinheiro de novos clientes, repete todo o ciclo. Claro que a “empresa” realiza lucros, ou seja, ganha muito, muito dinheiro. Mas e você, pobre e indignado consumidor, como fica? Bem, a prática mostra que você fica... esperando. Aconteceu o mesmo com o HURB, antigo Hotel Urbano. Aconteceu o mesmo até com uma gigante mundial: a britânica Tomas Cook, mais antiga operadora do mundo, quebrou em 2019 e deu um pequeno calote de mais de um bilhão de reais! Sim, você leu corretamente: R$ 1 bilhão de reais! Mais de 600 mil clientes, espalhados por todo o mundo, tiveram que ser repatriados, às pressas, pelo governo britânico. Mas como a memória, especialmente dos brasileiros, é fraca, está aí a 1,2,3 Milhas!

1,2,3 Milhas: Ascenção e queda

De quem é a 1,2,3 Milhas mesmo?


Já ouviu falar de Augusto Júlio Soares Madureira? Ou do irmão dele Ramiro? Nunca? Nem eu antes do “imbróglio” todo da 1,2,3 Milhas. Fazendeiros, bilionários, donos de operações financeiras gigantes e muito discretos, os mineiros “sacaram” que poderiam aumentar muito sua fortuna comprando milhas no mercado e vendendo viagens baratas. Funcionou por um tempo, especialmente durante a pandemia, mas provou-se que, após faturar muito, o negócio se tornou insustentável: aumento das passagens, do dólar, dos combustíveis, dos hotéis, enfim, de tudo no turismo, inviabilizaram rapidamente o “pote de ouro” descoberto pela dupla mineirinha, uai!

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A menos que você tenha muito dinheiro, disposição e um bom advogado, esqueça o prejuízo. Os donos da 1,2,3 Milhas, ao contrário, têm tudo isso: dinheiro, advogados e conhecimento suficiente para “protelar” os pagamentos indefinidamente. Afinal, estamos no Brasil né? E daqui a pouco, todo mundo esquece. O de sempre.

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“Nós sempre entregamos o que prometemos”, afirma o Presidente da ABAV/SP, Fernando Santos, durante coletiva de imprensa em Campinas, interior paulista. “Para nós, este modelo utilizado por muitas empresas de prometer algo que ainda nem foi comprado, não funciona. Não é possível vender uma viagem sem data de entrega, completa o executivo”. Para ele, o governo agiu “rápido tomando as providencias para tentar diminuir o prejuízo de quem comprou e não levou”. O tempo vai provar se ele está certo ou não.


Fica a dica: passagens muito baratas, hotéis cinco estrelas dos sonhos a preço de banana, dias mágicos quase de graça? Desconfie. E vai por mim: compre diretamente nas Agências de Viagem que tem lojas físicas, nas companhias áreas ou nos sites dos hotéis. Pode custar um pouco mais caro mas, com certeza, sairá barato na hora de ir.

Jornalista Paulo Panayotis no aeroporto de Paris. Viaja com apoio Avis, Universal Assistance e A Casa do Chip

Fotos: Divulgação / Paulo Panayotis




Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de Tv, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis e Universal Assistance (ppanayotis@oquevipelomundo.com.br)

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