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Comédia O Homem e Sua Próstata rompe com tabus sobre saúde masculina

Espetáculo escrito pelo norte-americano Ed Weinberger está em cartaz no Teatro MorumbiShopping

Sucesso nos EUA, no Canadá e na Irlanda, a comédia O Homem e Sua Próstata, do premiado autor e roteirista Ed Weinberger (vencedor de 9 EMMYs e 5 Golden Globes), ganha uma adaptação brasileira com direção de Fernando Cardoso e tradução de Augusto Cesar Ofaié. O espetáculo é estrelado por Norival Rizzo e segue em cartaz até 27 de novembro.


Com aval da Sociedade Brasileira de Urologia, a comédia tem a proposta de quebrar tabus a respeito do câncer de próstata e alertar para a importância do exame de toque retal – sobretudo para homens acima de 50 anos. Esse tema é extremamente atual e relevante, uma vez que, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens e foi responsável por mais de 68 mil novos casos diagnosticados só em 2018.


Na trama de O Homem e Sua Próstata, um casal de turistas brasileiros viaja em um cruzeiro romântico. Quando o navio atraca numa cidade litorânea da Itália, o marido desembarca sozinho para um passeio. Ele acaba se sentido mal, desmaia e é levado às pressas para o hospital mais próximo.


Solitário e sem entender italiano, o paciente descobre que sua próstata está muito aumentada e que possui sete pedras em sua bexiga, o que está sobrecarregando seus rins, que estão sob o risco de falência.


“Lidamos com um tema que precisa ser tratado com seriedade, mas estamos partindo para o humor. Acho que o humor atinge as pessoas mais diretamente, porque, se usássemos um tom muito sério e trágico, talvez, algumas pessoas se afastassem e nem quisessem ouvir sobre o assunto. Conheço muita gente que não pode nem ouvir falar a palavra câncer. Queremos que os homens tenham mais acesso à informação sobre a doença e possam cuidar da sua saúde”, comenta o ator Norival Rizzo, que dá vida ao protagonista da peça.


As horas de desespero do pré e do pós-operatório são o tema deste monólogo hilário. Ao rir de si mesmo e revelar seus medos e sentimentos mais privados, o personagem lembra um amigo querido do espectador, ou aquele tio próximo. E, ao dividir sua história íntima, o personagem envolve a todos, homens e mulheres, de qualquer idade.


O texto, de acordo com o tradutor Augusto César Ofaié, é baseado em uma experiência real vivida pelo próprio autor norte-americano. “Tem uma questão muito interessante que é o fato de esse personagem visitar o urologista todos os anos, mas nunca ter feito o exame do toque. Se tudo isso é um tabu para o paciente, também pode ser para os médicos. Acho bem importante termos homens falando para homens sobre a questão da saúde masculina, porque, ao contrário das mulheres, que costumam se cuidar bem mais, nós não fazemos isso e podemos até morrer de câncer por puro preconceito”, reflete.


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