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Cirurgia fetal: quando a cirurgia intrauterina é uma opção

Por Rede D'Or


Na Medicina Fetal, a cirurgia intrauterina utiliza as tecnologias mais avançadas para tratar as alterações do feto.


Indicadas caso a caso, podem ser citadas técnicas de cirurgia a céu aberto, em que o útero é acessado por meio de uma abertura no abdômen materno, permitindo que se chegue diretamente no feto; e técnicas endoscópicas percutâneas, nas quais delicados instrumentos de vídeo-cirurgia são introduzidos no útero (sem necessidade de abertura do abdome materno) para diferentes tipos de tratamento.

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Conheça as principais alterações fetais que podem se beneficiar do tratamento cirúrgico.


Meningomielocele: também chamada espinha bífida. Em uma gestação normal, a espinha dorsal se fecha na sétima semana. O feto portador dessa alteração tem fechamento inadequado e incompleto do tubo neural, que resulta na exposição das meninges e da medula espinhal ao líquido amniótico. Casos mais graves levam à hidrocefalia e deficiências motoras. A correção intraútero do defeito é realizada de 19 a 27 semanas de gravidez, diminuindo significativamente o risco de a criança perder funções motoras em membros inferiores e desenvolver hidrocefalia que requeira tratamento após o nascimento.


Hérnia Diafragmática: uma alteração no músculo do diafragma (que separa os conteúdos do tórax e do abdome) faz com que o intestino, estômago e fígado, se desloquem para o interior do tórax, comprimindo e impedindo o desenvolvimento dos pulmões. É uma condição grave, que, se não tratada adequadamente, está associada a alta taxa de mortalidade. Em alguns desses casos, o procedimento de oclusão traqueal fetal por endoscopia percutânea é realizado, o que permite aumento significativo nas chances de sobrevida após o nascimento.


Síndrome de transfusão feto-fetal: em gestações gemelares, em que a placenta é compartilhada pelos fetos, pode haver um desbalanço entre os volumes de sangue na circulação dos bebês. Esta situação aumenta muito o risco de parto prematuro e de óbito de um ou ambos os fetos. O tratamento intraútero é feito no segundo trimestre da gestação, com a cauterização dos vasos que comunicam os dois bebês, com o uso do laser, por via endoscópica percutânea. Isso aumenta significativamente a chance de os bebês sobreviverem, com melhor qualidade de vida.


Cardiopatias congênitas: algumas cardiopatias fetais evoluem com piora durante a gestação, aumentando muito a chance de óbito pós-natal e piorando significativamente a qualidade de vida das crianças sobreviventes. Alguns casos de obstruções de vasos do coração (estenose aórtica crítica e atresia pulmonar) podem se beneficiar de intervenções intrauterinas, as quais melhoram significativamente os prognósticos dessas crianças.


O diagnóstico precoce dos defeitos congênitos é fundamental para que as intervenções intrauterinas possam ser realizadas. Por isso, exames como a ecocardiografia fetal e a ultrassonografia morfológica devem integrar a rotina do pré-natal.


As maternidades da Rede D’Or têm profissionais altamente capacitados e tecnologia de ponta para realizar diagnósticos precisos, bem como cirurgias fetais com precisão e segurança.


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