Por Roberto Maia
A tensão entre os torcedores do Palmeiras e a presidente do clube, Leila Pereira, vem se intensificando nos últimos meses, marcada por protestos veementes, críticas incisivas e até mesmo ameaças de violência. A principal causa desse conflito é a ausência de investimentos em reforços para o time, que enfrentou dolorosas eliminações na Copa do Brasil e na Copa Libertadores de 2023. A torcida argumenta que o clube não está dedicando recursos suficientes para manter um nível competitivo elevado.

Outro elemento que exacerbou a crise foi a ruptura das relações entre Leila Pereira e a Mancha Alviverde, a principal torcida organizada do Palmeiras. A presidente encerrou o patrocínio de sua empresa que patrocinava a torcida organizada no carnaval, bem como ajudava a custear viagens para jogos do Verdão. A atitude foi interpretada como uma forma de retaliação devido às críticas proferidas. O resultado foi a criação de um ambiente hostil entre ambas as partes.

Nos últimos dias, os protestos da torcida têm ganhado força, com faixas e cartazes contrários a Leila Pereira sendo ostentados durante os jogos do Palmeiras. No domingo passado, a Mancha Verde protestou minutos antes do clássico contra o Santos, na Arena Barueri. Os gritos foram direcionados à presidente e ao diretor de futebol, Anderson Barros.
Os protestos estão acontecendo há alguns meses em uma escalada crescente. Torcedores já protestaram inclusive na porta da empresa de Leila Pereira, bem como em jogos realizados no Allianz Parque, onde tem sido comum o coro de "Fora Leila".
A presidente do Verdão, por sua vez, manifestou-se em relação à crise, assegurando que compreende as demandas da torcida e garantindo que o clube está empenhado em contratar reforços. Além disso, ela afirmou que não se deixará intimidar pelas críticas e continuará trabalhando em prol do bem do Palmeiras.
A atual crise entre a torcida e a presidente do Palmeiras denota um período delicado na história do clube. O Palmeiras é uma das instituições mais grandiosas do Brasil e do mundo, e a expectativa da torcida é que a diretoria esteja à altura da magnitude do clube.

O momento turbulento é um desafio para Leila Pereira, que assumiu a presidência do Verdão em 2022. A presidente precisa encontrar uma forma de acalmar os ânimos da torcida e mostrar que está comprometida com o sucesso do clube. Afinal, o Palmeiras deve estar acima de interesses financeiros e políticos.

Roberto Maia é jornalista e cronista esportivo. Iniciou a carreira como repórter esportivo, mas também dedica-se a editoria de turismo, com passagens por jornais como MetroNews, Folha de São Paulo, O Dia, dentre outros. Atualmente é editor da revista Qual Viagem e portal Travelpedia.
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