Até Deus e Jesus Cristo perderam a paciência, segundo a Bíblia
- Fernando Jorge
- 18 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Por Fernando Jorge

Para quase tudo, neste mundo, devemos ter controle, limites. Sim, amigo leitor, eu afirmei, para quase tudo, porque barreiras, fronteiras fechadas, não devem existir para a ação da senhora Bondade. E cito aqui a frase feliz do poeta Martins Fontes:
“Como é bom ser bom!”
Acrescento, produzindo uma frase rimada:
“Ser bom é mais delicioso que comer bombom.”
A paciência é uma força, uma energia, afirmou a escritora George Sand (1804-1876), porém, na minha opinião, a paciência deve ter um limite, pois se não tiver, devemos aceitar tudo, o erro, a injustiça, o crime. Não reagir, não protestar contra eles é a mesma coisa que os aceitar, aplaudi-los. Até Deus e Jesus Cristo perderam a paciência, segundo a Bíblia. Pergunto: o que Deus fez, conforme narra esse livro sagrado (Gênesis, 10, 19), quando viu os gravíssimos pecados das cidades de Sodoma e Gomorra? Destruiu-as pelo fogo, pelas labaredas vindas do céu. O Todo Poderoso, dessa maneira, condenou as orgias, as depravações dos habitantes dessas duas cidades, seguidores do Coisa Ruim, de Satanás.
Jesus Cristo, que para mim e todos que o adoram, como eu, é a máxima expressão da bondade, do perdão, da tolerância, também perdeu a paciência, segundo a Bíblia. Pergunto outra vez, o que fez o Salvador, conforme diz a Bíblia, ao ver o templo, a casa do seu pai, invadida pelos mercadores? Ergueu um chicote e derrubou os seus móveis, a transbordar de revolta, de indignação. Jesus, praticamente, expulsou esses mercadores, “raça de víboras”, da casa de Deus, seu pai.
Apresentar a Verdade, como eu faço, não é ser duro, severo, intolerante, porque ela, a Verdade, não pode ser fuzilada, como foi, na época da Primeira Guerra Mundial, a espiã holandesa Mata Hari (1876-1917).
Foi o meu querido amigo Ronaldo Côrtes que me disse: até Deus e Jesus Cristo perderam a paciência. E citou a Bíblia, Sodoma e Gomorra, o episódio de Jesus erguendo o chicote...

Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Eu amo os dois”, lançado pela Editora Novo Século.
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