As policiais militares no pronto atendimento ao cidadão paulista
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As policiais militares no pronto atendimento ao cidadão paulista

Por Coronel Camilo

É fato que as mulheres que passaram pela Polícia Militar e as que permanecem na Corporação sempre nos honram com seu empenho e dinamismo, além, claro, da delicadeza da mulher em tudo aquilo que faz. Parabéns pelo trabalho incansável a fim de garantir a segurança da população paulista. Defendem as pessoas em perigo com o sacrifício da própria vida. São mães, esposas, cuidam de suas famílias, trazem boas mensagens e trabalham com satisfação em poder servir e ajudar o próximo. Neste último dia 12, anteontem, a data foi oportuna justamente por poder celebrar o Dia da Policial Feminina.

São mais de 60 anos de participação dessas guerreiras na nossa Instituição fazendo a diferença. Não há limites para suas ocupações. Estão no Canil, no Comando de Aviação, no Regimento de Cavalaria, no Corpo de Bombeiro, são Comandantes de área e estão presentes em tantas outras unidades da PM. Quando Comandante-Geral, lembro-me que fiz questão de unificar os quadros feminino e masculino, o que significa que as policiais passaram a ter as mesmas chances de ingresso e mobilidade dentro da Corporação, bem como iguais possibilidades de realização profissional dentro da polícia. A alteração ainda possibilitou que uma policial pudesse ocupar o cargo de Comandante-Geral, o que antes não ocorria.

Há muitos e muitos anos, o trabalho ofertado pelas policiais estava focado apenas na segurança das mulheres, de menores e idosos, além de pessoas com necessidades especiais. Tudo mudou, felizmente. Os comandos de destaque são de responsabilidade das mulheres. As oportunidades não param e o sucesso continua. Tive boas experiências trabalhando ao lado de profissionais no meu comando e mesmo antes dele, nas ruas da capital. Como policial e defensor de todos os profissionais de segurança, apoio as mulheres, valorizando a cidadania e as boas ações.

Em meio à pandemia de Coronavírus, precisamos enfatizar ainda mais o trabalho de todos deste "time". Gostaria de recordar neste texto e obviamente homenagear a sargento Magali Garcia, de 45, que era do COPOM, o 190 da PM e que faleceu vitima da enfermidade. Ela chegou a ficar internada no Hospital da Polícia Militar na zona norte, mas não resistiu. Ela deixou marido e filhos. O COPOM é um atendimento essencial ao cidadão. É por ali que também chegam os pedidos de socorro da população diante de situações perigosas. Ali também são feitos os despachos de viaturas com o objetivo de salvar vidas de quem está do outro lado da linha.

Temos mais fatos a lembrar. Em 2010, quando estava como Comandante-Geral, lembro bem de uma policial militar ferida que foi carregada no colo por um cidadão durante um protesto nas ruas da capital. Ele ficou sensibilizado com a policial que teria sofrido agressão à época. O episódio foi registrado pela grande imprensa e a foto circulou com grande intensidade na mídia. Tivemos também a soldado Adriana que foi atingida por um tiro de fuzil na região da CEAGESP, durante uma ocorrência de caixa eletrônico. São as mesmas conseqüências que estão sujeitos os policiais no dia a dia.


O Dia do Policial Feminino comemorado anualmente dia 12 de maio, mesmo dia que celebramos ainda o dia dos profissionais de enfermagem, foi instituído pela Lei 11. 249, de 4 de novembro de 2020, oriunda do projeto de lei do então deputado estadual Cabo Wilson. Policiais, obrigado por colocarem suas vidas em risco pelo cidadão paulista.



Coronel Camilo é secretário-executivo da Polícia Militar. É formado em Administração de empresas pelo Mackenzie, com bacharelado em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela FIAP e em Gestão de Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.

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