Por Paulo Panayotis
São Paulo/SP. Foi a primeira vez que viajei com uma companhia aérea de baixo custo. Cruzei a Europa: fui de Estocolmo, na Suécia, para Atenas, na Grécia. Quanto custou? Bem, há mais de 30 anos, cerca de US$ 200,00, ou algo em torno dos R$ 1.000,00 . Muito, muito barato. Você acha que hoje os preços estão infinitamente mais caros? Sim, no Brasil estão, pois praticamente não há concorrência. Na Europa e nos EUA, onde o “bicho pega” em oferecer o melhor serviço pelo menor preço, já é outra história. Digo isso porque somente agora, mais de três décadas depois, começam a chegar companhias aéreas low coast, ou seja, mais baratas que as tradicionais por aqui.
Sem concorrência, sem preços razoáveis
Depois da pandemia, com a demanda reprimida, os preços das passagens aéreas explodiram. Uma passagem economica São Paulo Londres ou Paris, que podia ser encontrada por até R$ 2.500,00 na Air France ou na British Airways, quase triplicou. Ir para Buenos Aires com a Gol ou a Latam pós pandemia? Nunca menos de R$ 2.500,00 e só se procurar muito! Três empresas aéreas controlavam, até bem pouco tempo, as passagens no Brasil: as já citadas Gol e Latam e, mais recentemente, a Azul. Monopolizam, ainda, os preços e destinos. Mas há luz no final do túnel aéreo.
Mercado aéreo com turbulência
Recentemente chegaram ao Brasil empresas como a JetSmart, Flybondi, Sky Airline, Arajet e Norwegian Air, entre outras. ComAo resultado, os preços baixaram bem, embora ainda oscilem bastante. É possível encontrar passagens entre São Paulo e Santiago do Chile por menos da metade do que cobram Gol e Latam. Já é possível viajar ao Caribe pela JetSmart e outras com passagens razoáveis. Claro que viajar em uma low coast implica em poupar o bolso mas sacrificar, por vezes, o conforto. Quem faz a conta é você. Se suas costas suportarem os voos espartanos, sua carteira agradecerá. De qualquer forma, as passagens já estão caindo, caindo...
Virgin Atlantic aterrissando com tudo no Brasil
A mais recente a pousar em território nacional é a Virigin Atlantic, fundada por Sir Richard Branson em 1984, na Inglaterra. E apesar de ser uma “low coast”, oferece serviço diferenciado e excelente atendimento. Sou testemunha disto, pois usava a Virgin Atlantic quando morei em Londres. Pelo jeito, continua, boa pois foi eleita em 2022 como a única companhia cinco estrelas global da Gran Bretanha.”
“Estou muito contente, não só por poder mostrar aos viajantes brasileiros a ótima experiência que proporcionamos com o nosso premiado serviço, mas também por ter a chance de trabalhar com novos parceiros, oferecendo excelentes oportunidades para aqueles que escolhem viajar com a Virgin Atlantic,” afirma Justin Bell, Gerente Brasil da companhia aérea por aqui.
Quando e quanto?
Anote aí: a partir da semana que vem, dia 6 de setembro, os bilhetes aéreaos começam a ser vendidos. O primeiro voo deverá ser em 13 de maio do ano que vem, 2024. A empresa promete oferecer três tipos de classes: Econômica, Premium e Executiva, partindo de US$ 700,00 na Econômica, ou seja, cerca de R$ 3.500,00 ida e volta para Londres. Significa menos da metade do que cobra a British Airways. Agora é esperar para conferir. E eu vou conferir no voo inaugural. Até para ter certeza de que minhas costas chegarão inteiras em Londres...
Fotos: divulgação/ Paulo Panayotis
Paulo Panayotis viaja com apoio Avis, Universal Assistance e A Casa do Chip.
Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de Tv, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis e Universal Assistance (ppanayotis@oquevipelomundo.com.br)