Você sabia que o consumo diário de tipos de oleaginosas podem ajudar a evitar o câncer colorretal?
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Você sabia que o consumo diário de tipos de oleaginosas podem ajudar a evitar o câncer colorretal?

Por Paulo Lázaro


No mês de março, quando acontece a campanha Azul Marinho, da luta contra o câncer colorretal, todas as abordagens sobre uma alimentação correta e outros hábitos de vida são essenciais para evitar o surgimento de novos casos.


Prevenir o câncer colorretal significa evitar os fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a doença. Apesar de serem diversos os fatores que levam ao aparecimento da doença, a ciência descobriu, por meio de vários estudos, que é possível reduzir seu risco ao adotar medidas simples, entre elas o consumo de oleaginosas.

A Imperial College London, da Inglaterra, por exemplo, recomenda o cardápio preventivo a partir de uma análise feita pelos cientistas em cima de 29 estudos publicados em todo o mundo sobre as nuts (nome em inglês dado às oleaginosas, que viraram sinônimo do alimento em todo o mundo). Foram mais de 819 mil pessoas que tiveram seus dados analisados e a conclusão dos pesquisadores foi uma só: a ingestão de todos os tipos de oleaginosas, como castanhas, avelãs e nozes, reduz o risco do aparecimento do câncer colorretal. Para obter o benefício, de acordo com o estudo, é preciso consumir 28 gramas de nuts por dia – o equivalente a um punhado. A quantidade é suficiente para reduzir em até 15% a chance de câncer. A proteção acontece porque a fibra presente nesse tipo de alimento aumenta o trânsito intestinal e a produção de fezes, altera o metabolismo dos sais biliares, modifica a microflora e diminui o pH do intestino grosso e, graças aos componentes do alimento, que evitam a inflamação e a oxidação de moléculas, como é o caso de gorduras insaturadas, proteínas, vitamina E e do complexo B, fibras e antioxidantes. Os amendoins (que, a rigor, são leguminosas) não surtiram efeitos positivos. A hipótese é que isso tem a ver com o fato de eles terem composição diferente das amêndoas, avelãs e companhia.


Além disso, os benefícios parecem ir além da proteção contra o câncer colorretal. De acordo com o mesmo estudo, o consumo de oleaginosas por dia também reduz em até 30% o risco de doença cardíaca coronária, em quase 50% as chances de morte por doença respiratória e em 40% o aparecimento de diabetes tipo 2.


Já outro estudo americano demonstrou que o consumo diário de oleoginosas também impedem a volta de quem teve o câncer colorretal. Uma pesquisa apresentada no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica 2020 chegou a resultados promissores sobre o consumo de oleaginosas. Segundo os autores do trabalho, a ingestão semanal de 56 gramas de nozes, castanhas e afins diminuiu a reincidência de câncer de cólon (um trecho do intestino) em 42%. A probabilidade de óbito também caiu em 57%. As conclusões apareceram após a avaliação de mais de 800 questionários respondidos por pessoas com câncer de cólon.


O importante é saber que seus hábitos de vida vão auxiliar a não desenvolver a doença. Alimentação rica em vegetais, frutas e grãos integrais (e com pouca carne vermelha ou processada) estão associadas a um menor risco de câncer colorretal, além da prática de atividade física com regularidade, deixar de fumar e não consumir álcool em excesso.


Paulo Lázaro é médico, graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com doutorado na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Radioterapia e Neuro-oncologia. Idealizador do site Radioterapia Legal https://radioterapialegal.com.br


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