Tumores nas pálpebras não são raros, ao contrário, são frequentemente encontrados em consultórios oftalmológicos e podem representar um grave risco para a visão e a saúde ocular. Alterações na pele como verrugas e pintas, por exemplo, representam um sinal de alerta e devem ser consideradas importantes em relação ao diagnóstico da doença.
As pálpebras têm uma função essencial na proteção dos olhos, além de espalhar lágrimas e proteger o filme lacrimal de evaporação excessiva. Quando ocorrem tumorações nesta região é comum o surgimento de sinais como a perda dos cílios e sintomas como a sensação de corpo estranho, olho seco, irritação ocular, entre outros, explica o Dr. André Borba, oftalmologista e especialista em cirurgia reconstrutiva e estética das pálpebras.
Segundo o médico, esses tumores são responsáveis por cerca de 5% a 10% de todos tumores de pele e 15% dos tumores em face. A doença pode afetar pacientes mais jovens, porém costuma atingir, com mais regularidade, pessoas acima dos 60 anos de idade.
Entre os tumores benignos, os mais frequentes são o papiloma de célula escamosa, a ceratose seborreica e o nevus melanocítico. Já os tumores malignos mais comuns são os o carcinona basocelular, o de células escamosas e o sebáceo. Os tumores benignos costumam afetar, principalmente, a pálpebra superior, enquanto os malignos podem afetar igualmente a pálpebra superior quanto a inferior.
O diagnóstico é baseado no exame da lesão e alterações das suas características iniciais, tais como: aumento do tamanho, pigmentação ou coloração e formação de ferida. Nestas condições sugere-se a remoção cirúrgica da lesão ou parte dela para a realização de exame histopatológico padrão-ouro. Esse exame possibilita chegar a um parecer definitivo do tumor palpebral, dando ao cirurgião informações necessárias tanto para decidir sobre novas intervenções a curto prazo quanto para acompanhamento do paciente.
Para prevenir tumores palpebrais, o uso de filtro solar e óculos escuros são fatores importantes. O tratamento mais indicado continua sendo a excisão cirúrgica total com margens livres da lesão, seguida de reparo ou reconstrução da pálpebra afetada pelo tumor.
É fundamental que as pessoas fiquem atentas aos sintomas e busquem orientação médica caso percebam qualquer anormalidade na região palpebral. O diagnóstico precoce pode ser determinante para o sucesso do tratamento e para a prevenção da saúde ocular”, afirma o Dr. Borba.
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