top of page
Buscar
Foto do escritorRedação JBA

Sete em cada 10 brasileiros acreditam que raça influencia oportunidades de emprego

De acordo com estudo da Ipsos, os entrevistados acreditam que chances de acesso à moradia, serviços sociais e educação também são impactadas

Embora a população negra brasileira corresponde a 56%, apenas 4,7% ocupam, cargos de liderança nas 500 maiores empresas do país (Imagem: Freepik)

Um novo estudo realizado pela Ipsos em 27 países para o Fórum Econômico Mundial avalia o impacto da raça, etnia e nacionalidade no acesso a oportunidades em diversos setores. No Brasil, os resultados são preocupantes. No que diz respeito à empregabilidade, 71% dos ouvidos no país percebem a influência da cor da pele e origem de uma pessoa na obtenção de trabalho. Destes, 41% acham que influencia muito e 30% acreditam que influencia de alguma forma.


Considerando todos os entrevistados, a média global somando as pessoas que responderam que a raça impacta muito e que impacta um pouco na hora de conseguir um emprego é de 65%. Os países que mais notam essa influência são África do Sul (80%), Japão (78%) e Bélgica (74%). Por outro lado, na Malásia (44%), China (50%) e Rússia (54%) o número de respondentes que percebem essa influência é mais baixo.

Assim como o acesso a empregos, as oportunidades para a educação também são impactadas pela raça, etnia e nacionalidade, de acordo com 69% dos brasileiros. Destes, 36% acreditam que a origem e cor da pele influenciam muito e 33 que influencia de alguma maneira. A média global é de 60%.


Somando as respostas “muito” e “de alguma forma”, o Brasil ficou em terceiro lugar entre os que mais acham que a raça, etnia e nacionalidade influem nas oportunidades de educação. Em primeiro lugar, mais uma vez, ficou a África do Sul (76%) e, em segundo, a Índia (72%). Para os russos (39%), suecos (48%) e poloneses (47%) o impacto é significativamente menor.


A influência da raça nos serviços sociais também é percebida mais fortemente no Brasil do que no resto do mundo. Enquanto 68% dos brasileiros acreditam que a cor da pele e origem de uma pessoa pode influir no acesso a esses serviços - sendo que 32% acham que influencia muito e 36% acham que influencia de alguma maneira -, no mundo, o percentual é de 59%. As nações que percebem maior impacto são África do Sul (74%), Índia (74%) e Japão (70%). Ao final da lista, estão Rússia (41%), Suécia (49%) e Reino Unido (50%).


Perguntados sobre o acesso à moradia, no Brasil, 66% notam a influência da raça - 33% responderam “muito” e 33% responderam “de alguma forma”. A média global é de 60%. Novamente, o ranking é encabeçado pela África do Sul (76%), com Índia (74%) e Bélgica (72%) logo atrás. Já o menor impacto percebido está na Rússia (38%), China (44%) e Polônia (46%).


O levantamento on-line foi realizado com 20.020 pessoas – sendo mil brasileiros – com idade entre 16 e 74 anos de 27 países. Os dados foram colhidos entre 22 de janeiro e 05 de fevereiro de 2021. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Comments


bottom of page