Por Paulo Panayotis
Continuamos a viajar por lugares mágicos que eu conheci e gostaria muito de voltar a ver. Nesta semana vamos ao coração das misteriosas ruinas do Império do Khmer Vermelho, no Camboja. Um dos lugares mais chocantes que tive o prazer de visitar! Volto fácil, fácil! Siem Reap - Camboja. A única coisa que eu já havia ouvido falar sobre o Camboja era algo sobre o Khmer Vermelho. Sabia que milhares de pessoas haviam sido mortas durante o governo sanguinário de Pol Pot, entre 1975 e 1979. E só. O que não sabia era que o País, mais de três décadas depois, se tornaria um dos mais interessantes para conhecer em toda a Ásia. Desembarco no pequeno aeroporto de Siem Reap com expectativas abundantes e muita, muita curiosidade. Embora a capital do Camboja seja Phnom Penh , o principal destino turístico do País é Siem Reap. Logo descubro por quê.

Literalmente encravada no coração da floresta, a pequena cidade de Siem Reap, no interior do Camboja (ou Cambodia), é a porta de entrada para desvendar os misteriosos templos do complexo de Angkor Wat. Aliás, são dezenas de templos espalhados por mais de quatrocentos quilômetros quadrados em meio à uma floresta tropical exuberante. Estou prestes a conhecer um dos mais importantes e impressionantes sítios arqueológicos do sudeste asiático, patrimônio cultural da humanidade...

Mas Angkor é muito mais. Desembarco em Siem Reap no voo da Vietnam Airlines, o último do dia vindo de Hanói. O visto, obrigatório, pode ser obtido logo que você chega ao saguão de desembarque do pequeno aeroporto, antes da alfândega. Apenas preenchi um formulário e paguei uma taxa de cerca de US$ 20.00, mais ou menos R$ 140,00. Simples, rápido e barato pelo que se vai conhecer. E olha que estamos falando do Camboja! Se for tirar o visto no desembarque, não se esqueça de levar duas fotos: uma para o visto e outra para o bilhete de entrada do complexo de Angkor Wat. É pessoal e intransferível. Na saída, um único balcão de táxi indica o preço até o centro da cidade: US$ 7.00, algo em torno de R$ 49,00. Será confiável? Como não há outro jeito, o jeito está dado. É pagar e rezar. Recibo na mão, mostrp um papel em inglês que indicava o nome do hotel. Seguimos. Mal sabia eu que não só os motoristas do aeroporto são extremamente confiáveis como que ele, nosso motorista, acabaria ficando comigo durante toda a minha estadia. O trajeto até o hotel não demora mais do que quinze minutos por ruas desconhecidas com imensos outdoors impossíveis de ler. Mistério! Pronto: estou instalado e a postos para conhecer, no dia seguinte, um dos lugares mais incríveis que se pode visitar.

Imagino qual foi a reação do naturalista francês Henri Mouhot ao encontrar, em 1860, estes preservados resquícios do Império Khmer, engolidos pela floresta durante tantos anos.O Império Khmer, aliás, floresceu entre os séculos IX e XV e ocupou parte do Camboja, Tailândia, Laos e Vietnã, chegando a ter cerca de um milhão de habitantes.

Do centro de Siem Reap até a entrada do complexo de templos, são cerca de cinco quilômetros. Você pode fazer o trajeto a pé (se tiver disposição para encarar o calor), de tuk-tuk (bem agradável para curtir a paisagem), de bicicleta (bom para parar em qualquer lugar sem preocupação), de táxi, de excursão ou de carro privativo. Contratei meu simpático motorista do dia anterior pelo incrível valor de US$ 30.00 a diária (sim, um Toyota Camry com motorista particular e ar condicionado por algo em torno dos R$ 210,00). Feliz, curioso e confortável, começo a visita a um dos mais intrigantes Patrimônios Históricos da Unesco. Claro que o carro chega só até a entrada do complexo de templos e fica ali te esperando até o final do meu primeiro dia... Mas, garanto, andar o dia inteiro e retornar de carro com ar condicionado para o hotel fez toda a diferença! Ah... gostou? Quer ir para o Camboja e não sabe por onde começar? Então vai lá no portal de vídeo turismo O Que Vi Pelo Mundo (www.oquevipelomundo.com.br). Além de muitas dicas sobre este destino único, tem vários vídeos... Ah, acha muito longe???
Então assista aos vídeos e viaje sem sair de sua poltrona, tomando uma bela caipirinha e sonhando... Mas se eu fosse você, arriscaria...

Fotos: Paulo Panayotis / Adriana Reis - © O Que Vi Pelo Mundo

Paulo Panayotis é jornalista especialista em turismo, mergulhador e fundador do Portal OQVPM - O Que Vi Pelo Mundo. Mora na Europa, tem passaporte carimbado em mais de 50 países e viaja com patrocínio e apoio Avis, Travel Ace e Alitalia.
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