Por Roberto Maia
Os treinadores Rogério Ceni do São Paulo e Fernando Lázaro do Corinthians têm sido alvos de muitas críticas por parte de torcedores, imprensa esportiva e de dirigentes e conselheiros dos seus respectivos clubes. Ou começam a mostrar serviço ou correm o risco de perder o emprego.
Escrevi essa coluna na terça-feira, dia 18, antes do jogo do São Paulo contra o Academia Puerto Cabello, das Venezuela, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Estou correndo um sério risco. Pois, em caso de um resultado negativo Ceni pode ser demitido. Esse é o pensamento da cúpula do futebol do Tricolor.
Ídolo da torcida como jogador que mais vezes vestiu a camisa são-paulina, Ceni não consegue manter o mesmo prestígio como treinador. Todos esperavam mais dele após as várias contratações de jogadores solicitadas. Mas o início de temporada com derrotas em jogos importantes e a eliminação do Paulistão para o Água Santa colocaram o técnico na linha de tiro.
No Morumbi já se discute abertamente nomes para ocupar o cargo de Rogério Ceni. Alguns falam em contratar um treinador estrangeiro e outros defendem um brasileiro que já conheça os jogadores do elenco. O nome de Dorival Júnior, atualmente livre no mercado, é um dos favoritos entre os são-paulinos.
Em sua segunda passagem como treinador do São Paulo, Ceni chegou ao clube em outubro de 2021. Não conquistou títulos, mas foi vice-campeão do Paulistão e da Copa Sul-Americana na temporada passada. Até o momento, comandou o Tricolor em 140 jogos, com 62 vitórias.
No arquirrival Corinthians a sucessão de Fernando Lázaro também é assunto dominante. Muito embora o presidente Duílio Monteiro Alves garanta que o treinador está prestigiado pela diretoria. Mas como bem sabemos, isso não costuma significar nada no mundo do futebol.
Torcedores e conselheiros do Corinthians já não confiam em Lázaro. É voz corrente que ele não está preparado para comandar um time como o do Timão. Ser filho do ídolo Zé Maria e ter atuado como um analista de desempenho acima da média estão lhe dando sobrevida no cargo.
Apesar de ter ficado mais de 30 dias sem jogos oficiais e somente treinando, o time não mostrou nenhuma evolução técnica. A derrota para o Remo, em Belém, pela Copa do Brasil, deixou evidentes as deficiências do time.
E tal como no Morumbi, o nome de Dorival Júnior é cogitado entre os corinthianos, que ainda sonham com a volta de Tite. Sorte do ex-treinador do Flamengo, que está valorizado e poderá surgir como técnico de São Paulo ou Corinthians no caso de demissão de Rogério Ceni ou Fernando Lázaro.
Roberto Maia é jornalista e cronista esportivo. Iniciou a carreira como repórter esportivo, mas também dedica-se a editoria de turismo, com passagens por jornais como MetroNews, Folha de São Paulo, O Dia, dentre outros. Atualmente é editor da revista Qual Viagem e portal Travelpedia.
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