No dia 24 de janeiro, na véspera do aniversário de 467 anos da cidade, a Prefeitura de São Paulo atingiu a marca de 2 milhões de marmitas distribuídas ao longo do período de pandemia da COVID-19, com o Projeto Rede Cozinha Cidadã da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC). O programa foi criado em abril de 2020, período crítico da crise humanitária e social instaurada pela circulação do coronavírus, para garantir a segurança alimentar e nutricional da população em situação de rua da cidade. Além de fornecer uma refeição de qualidade e segura às pessoas que compõem o grupo de populações em situação de vulnerabilidade, a iniciativa ainda beneficia os restaurantes que tiveram queda no faturamento devido às restrições impostas pela quarentena, promovendo a manutenção da cadeia produtiva de alimentos.
Dados da Coordenação de Políticas para População em Situação de Rua, corpo técnico da SMDHC que coordena e monitora o programa, indicam que o programa da Prefeitura conta hoje com 88 restaurantes credenciados, mas já chegou a um total de 109 estabelecimentos participantes, que recebem R$10 reais por cada marmita produzida. Estão diretamente envolvidas no processo de produção das refeições 1.500 pessoas, entre proprietários, gerentes, ajudantes de cozinha, cozinheiros e nutricionistas dos estabelecimentos.
Nas ruas, 42 pessoas fazem a entrega diária das marmitas nas mãos das pessoas em situação de rua, sendo 27 motoristas credenciados do transporte escolar municipal, que ficaram sem trabalho devido à interrupção das aulas presenciais no período, e 15 ajudantes contratados.
Na supervisão e acompanhamento diário das ações e dos contratos estabelecidos, está a gama de 60 profissionais empenhados para o sucesso do projeto, entre eles, 18 técnicos da secretaria.
A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, Claudia Carletto, reafirma a importância de se fazer política pública sempre com viés humanitário, mas diz que o número não deve ser comemorado. “Para mim, o número de 2 milhões de marmitas distribuídas é honorável, mas não deve ser celebrado, pois o ideal seria que não tivéssemos tantas pessoas nas ruas precisando desse auxílio. A gestão municipal, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, desempenhou um trabalho árduo em defesa da garantia do direito de acesso a uma alimentação de qualidade para todos, e, isso sim, merece todo o nosso respeito”, afirma.
Para a coordenadora de políticas para a população em Situação de Rua da SMDHC, Giulia Patitucci, a iniciativa cumpriu sua função de atender emergencialmente a população vulnerável da cidade. “O Projeto Rede Cozinha Cidadã foi idealizado no início da pandemia, em março, sendo implantado rapidamente em abril, e hoje essa ação emergencial garante dignidade as pessoas e famílias em situação de rua. Me sinto realizada por conseguir fazer a diferença na vida dessas pessoas na prática”, complementa.
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