Por que o câncer é diferente na infância?
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Por que o câncer é diferente na infância?

Por Rede D'Or

Imagem: Freepik

Durante a primeira fase da vida, a doença possui um comportamento biológico diferente. Isso ocorre porque os tumores na infância são de origem embrionária, enquanto nos adultos tem influência na interação com cancerígenos no ambiente, promovendo as mutações somáticas.


“Na criança, o câncer, geralmente, tem como fator de desenvolvimento o resultado de alterações no DNA (gene) das células, que ocorrem muito precocemente, às vezes até antes do nascimento, e provocam a multiplicação celular de forma desordenada”, explica a médica patologista Isabela Werneck Cunha, vice-presidente para assuntos acadêmicos da SBP e coordenadora médica da equipe de Patologia da Rede D’OR São Luiz em São Paulo.


Neste caso, Isabela explica o papel da equipe: “O médico patologista é essencial nesse processo, sendo ele o responsável por identificar cada tipo de tumor e fazer o estadiamento, que é a definição do grau de agressividade e das características da doença”.


Segundo dados do Ministério da Saúde, por ano, mais de 300 mil crianças e jovens de 0 a 19 anos são diagnosticados com câncer. Os tipos mais comuns são: leucemias, linfomas e tumores cerebrais. Como um sinal de alerta, é importante que os pais busquem por ajuda médica se perceberam:

  • Palidez, hematomas ou sangramentos

  • Caroços ou inchaços, principalmente se não tiver dor, febre ou outras alterações

  • Perda de peso sem causa aparente, febre, tosse, falta de ar ou suores noturnos

  • Alterações nos olhos – pupila branca, estrabismo de início recente, perda visual

  • Inchaço abdominal

  • Dores de cabeça, podendo ou não acompanhar vômitos

  • Dor nos membros inferiores ou superiores, ou ósseo

  • Fadiga, letargia, ou mudanças de comportamento

  • Tontura ou perda de equilíbrio

O desenvolvimento do câncer na infância tem uma evolução rápida e os sintomas apresentados podem se confundir com outras doenças comuns nessa fase.


Para o tratamento, geralmente é adotado a prática da quimioterapia, radioterapia e cirurgia, feitas em conjunto ao adotados de maneira isolada. “A definição da melhor abordagem terapêutica é feita por um time multidisciplinar, que contempla o médico patologista, radiologista, dentre outros especialistas em tumores pediátricos”, explica a oncopediatra Viviane Sonaglio, da Rede D’OR São Luiz.


Segundo ela, os pacientes respondem bem à quimioterapia. No caso da radioterapia, a indicação é para os tumores sólidos, além das leucemias e linfomas. Já a cirurgia, é principalmente indicada para casos selecionados de neuroblastoma, osteosarcomas, tumor de Wilms e tumores hepáticos e sarcomas.


Por isso, é muito importante investigar sintomas que ocorrem com muita frequência. O diagnóstico precoce melhora o prognóstico é aumenta a taxa de cura em alguns tipos de câncer para cerca de 80%. De 8 entre 10 crianças e adolescentes, se o diagnóstico for feito precocemente, podem ser curados, de acordo com o INCA.


Consultas médicas regulares são medidas simples que representam um grande diferencial para o tratamento e a qualidade de vida da criança.

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