Casa já foi o palco de grandes nomes do blues e jazz em São Paulo
O Bourbon Street, uma das casas de jazz e blues mais tradicionais de São Paulo, pode fechar as portas em definitivo nos próximos meses. Segundo o empresário Edgard Radesca, que não é contra as medidas restritivas de combate à pandemia, não há como suportar os efeitos de uma segunda paralisação das casas de shows. Elas estão proibidas de serem abertas desde quando iniciou-se oficialmente a fase vermelha no estado de São Paulo.
Depois de enfrentar o primeiro fechamento, em 2020, Radesca conseguiu reabrir seu espaço para shows em outubro, seguindo as normas com mesas distanciadas e diminuindo seu faturamento para receber apenas 40% da capacidade. Cinco meses depois, um novo lockdown minou as últimas forças.
Além de trazer uma marca forte, com a história de uma casa fundada por BB King em 1993 - o guitarrista voltaria ao mesmo palco por mais dez vezes - e que abrigou shows de Ray Charles, Nina Simone, Betty Carter, George Benson, Diana Krall, Wynton Marsalis, dentre outros, o nome sustenta ainda dois festivais anuais. O Bourbon Street Fest e o Bourbon Festival Paraty, que contam com atrações nacionais e internacionais. Sem o Bourbon, a cidade perde não só a música como também a única casa de cardápio inspirado nas criações de New Orleans, com pratos da cultura creóle (sobretudo um resultado das combinações criadas por negros filhos de franceses com negros norte-americanos) como o gumbo e o jambalaya. Um triste fim para um dos locais mais aconchegantes de São Paulo!
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