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Palmeiras vende Estevão ao Chelsea e fatura alto com a base

Foto do escritor: Roberto MaiaRoberto Maia

Por Roberto Maia


O Palmeiras tem se destacado no cenário internacional não apenas pelo desempenho em campo, mas também pela habilidade de valorizar e negociar seus talentos formados nas categorias de base. A mais recente e notável negociação envolve a venda do jovem atacante Estêvão ao Chelsea da Inglaterra por impressionantes 61,5 milhões de euros – cerca de R$ 358 milhões. Este valor é composto por 45 milhões de euros (R$ 262,1 milhões) fixos e 16,5 milhões de euros (R$ 96,13 milhões) em bônus por metas a serem cumpridas.


Estevão se apresentará ao Chelsea em julho de 2025, após disputar a Copa do Mundo de Clubes da FIFA pelo Verdão. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

A transferência de Estêvão para o Chelsea, confirmada no último final de semana, marca mais um capítulo de sucesso na estratégia do Palmeiras de desenvolver e negociar suas promessas.


Estêvão chegou ao Palmeiras em 2021 após se destacar pela base do Cruzeiro. Seu desempenho e poder de decisão o levaram a competir em categorias acima de sua idade, como na Copa São Paulo de Futebol Júnior aos 15 anos. Conquistou títulos importantes na base e foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-17 e jogou o Mundial em 2023. Estreou na equipe profissional do Palmeiras no Brasileirão do ano passado, tornando-se o terceiro mais jovem a jogar pelo clube, com 16 anos, sete meses e 12 dias.


Agora, com apenas 17 anos, se juntará ao clube londrino em julho de 2025, após disputar a Copa do Mundo de Clubes da FIFA pelo Verdão. Esta condição foi uma das exigências do Palmeiras durante as negociações, garantindo a participação do jovem no torneio internacional.


Dos 61,5 milhões de euros envolvidos na negociação, o Palmeiras tem direito a 70%, o que representa cerca de R$ 250 milhões caso todas as metas estipuladas sejam alcançadas. O restante, 30%, será destinado ao jogador e sua família.


A venda de Estêvão não é um caso isolado. Nos últimos anos, o Palmeiras movimentou R$ 1,046 bilhão em cinco grandes negociações de jogadores revelados em suas categorias de base. Além de Estêvão, outras joias como Luis Guilherme, Endrick, Artur e Kevin também geraram receitas significativas para o clube.


Endrick foi vendido ao Real Madrid no final de 2022 por 60 milhões de euros. (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

Endrick foi vendido ao Real Madrid no final de 2022 por 60 milhões de euros – cerca de R$ 337 milhões na época. O Palmeiras tem direito a 70% deste valor, podendo arrecadar até R$ 235 milhões.


Luis Guilherme foi negociado com o West Ham por 30 milhões de euros (R$ 175 milhões), sendo 23 milhões de euros fixos e 7 milhões de euros em bônus. Além disso, o Palmeiras mantém 20% de "mais-valia", o que garante uma porcentagem em caso de uma futura venda lucrativa.


Revelado pelo Verdão, Artur foi vendido ao Red Bull Bragantino. Suas boas atuações levaram a direção palmeirense a recomprá-lo para depois vende-lo ao Zenit por 18 milhões de euros (R$ 96 milhões). O Palmeiras ficou com 90% deste valor.


Já Kevin foi negociado com o Shakhtar Donetsk por 15 milhões de euros (R$ 80,5 milhões). O Palmeiras reteve 8,2 milhões de euros do montante fixo e ainda possui 10% de participação em uma futura venda.


A habilidade do Palmeiras em negociar suas promessas reflete uma estratégia bem-sucedida de valorização de talentos. O clube não apenas forma jogadores, mas também sabe aproveitar as oportunidades no mercado internacional, garantindo receitas que são reinvestidas no próprio elenco e na estrutura do clube.


Com a venda de Estêvão e as negociações recentes, o Palmeiras se consolida como um dos clubes mais competentes na formação e negociação de jovens talentos. O valor arrecadado com estas transações permitirá ao clube manter-se competitivo em diferentes frentes, investindo tanto na formação de novos atletas quanto na contratação de reforços.


A movimentação financeira significativa reafirma a capacidade do Palmeiras em gerar recursos através de sua base, assegurando um futuro promissor tanto dentro quanto fora de campo. A continuidade desse modelo de negócios promete manter o clube em destaque no cenário do futebol mundial por muitos anos.





Roberto Maia é jornalista e cronista esportivo. Escritor e editor do portal travelpedia.com.br


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