Por Fernando Jorge
A minha leitora Delfina Astrud Limoges enviou-me estas palavras:
“Depois de ler o seu romance Eu amo os dois, publicado pela editora Novo Século, no qual o senhor narra um episódio da sua vida, o amor que teve por uma linda jovem fiquei pensando assim, como deve ser o procedimento dos namorados, antes de se casarem? Por favor, Fernando Jorge, explique.”
Sim, vou responder e explicar. Os namorados devem se casar duas vezes. Atenção, atenção!
O primeiro casamento dos namorados deve ser sem padre, igreja, cartório. É um casamento longo, feito com a ajuda do tempo. E não precisa de padrinhos, de testemunhas.
E qual é o nome desse casamento calmo, silencioso, feito com a ajuda do tempo? É o casamento dos corações, de duas almas que se entendem, que se amam de maneira sincera, profunda.
E como é o nome do segundo casamento dos namorados? É o casamento dos corpos, dos braços, das pernas, etc, etc.
Portanto os namorados devem mesmo casar duas vezes, primeiro casarem as suas almas, os seus corações, e depois os seus corpos. E Deus os abençoará.
Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Eu amo os dois”, lançado pela Editora Novo Século.
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