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Foto do escritorRedação JBA

Obras avançam e Vila Reencontro Anhangabaú será entregue até o fim de janeiro

Novo equipamento da Prefeitura de São Paulo está sendo instalado na Ladeira da Memória e abrigará 40 famílias em situação de rua

Com um investimento de cerca de R$ 4 milhões, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), entregará a Vila Reencontro Anhangabaú até o fim de janeiro. Instalada na Ladeira da Memória, ponto histórico da cidade, a área possui 1.917 m² e comportará, ao todo, 49 módulos, sendo 40 para as famílias em situação de rua ou vulnerabilidade social e o restante para administração e áreas comuns.


O prefeito Ricardo Nunes vistoriou as obras na manhã desta sexta-feira (13) e destacou que esse modelo de acolhimento desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo é inédito no Brasil. “Não é só dar o acolhimento temporário. As pessoas contarão com um acompanhamento da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), fornecendo a possibilidade dessas pessoas participarem de cursos profissionalizantes e ter uma porta de saída com a conquista da autonomia”, disse.


A nova Vila Reencontro fica em um terreno próprio do município e, também, contará com uma cozinha comunitária, refeitório, brinquedoteca, lavanderia, horta social, além de espaços para atendimentos socioassistenciais.


As casas modulares começaram a chegar no início de novembro e seguiram um cronograma de entrega que obedeceu a evolução das obras. Cada unidade abrigará uma família de até quatro pessoas, totalizando o máximo de até 160 moradores. O equipamento faz parte do Programa Reencontro, voltado ao acolhimento de famílias que vivem em situação de rua ou de vulnerabilidade social, com o foco na autonomia e no desenvolvimento social, com um conjunto acolhedor de moradias transitórias.


Programa Reencontro

O Programa Reencontro prevê a entrega de unidades que serão destinadas prioritariamente a famílias separadas em duas modalidades: casais com filhos e famílias monoparentais e outras configurações familiares com até uma criança que estejam utilizando as ruas da cidade como moradia há menos de dois anos. Cada família deve permanecer entre 12 e 18 meses nas moradias transitórias das Vilas Reencontro, e participar de capacitações profissionais e outros atendimentos sociais com o objetivo de ganho de autonomia.


Os critérios para elegibilidade para acolhimento nas moradias transitórias são as informações do CadÚnico, as famílias em que as mulheres são as responsáveis, núcleos familiares que possuam crianças e adolescentes em sua composição e que estejam em situação de rua por um período mais recente (de seis meses a 24 meses).


O projeto possui três eixos de atuação: conexão, cuidado e oportunidade. O primeiro visa a estimular a recriação de vínculos preexistentes e o fortalecimento da rede de apoio. O primeiro elemento de conexão entre o poder público e o indivíduo em situação de rua é a abordagem social, sendo, portanto, um instrumento fundamental de vinculação das pessoas à política pública e às demais etapas e eixos do Programa Reencontro.


Já no segundo eixo, serão oferecidas moradias subsidiadas para aqueles que não possuem renda suficiente, nas seguintes modalidades: locação social, que é o aluguel subsidiado conforme renda; a renda mínima ou o auxílio pecuniário para pessoas sem problemas de drogadição; moradia transitória ou as unidades com alta rotatividade para que se busque evitar o processo de cronificação, promovendo rápido resgate da autonomia.


O eixo oportunidade, por fim, consiste na intermediação de mão de obra e emprego, por meio da capacitação profissional, da alocação em contratos públicos (Decreto nº 59.252/20), da busca ativa por vagas e do estímulo a contratação no setor privado.

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