Por Coronel Camilo
Precisamos nos cuidar e cuidar especialmente dos mais vulneráveis. É tempo de pandemia e de ter zelo pelos que estão à nossa volta e de proteger nossas famílias e amigos queridos. Na verdade, sempre precisou ser assim. Mas, agora, quando as pessoas estão mais expostas ao vírus, já que estão saindo mais, devemos redobrar os cuidados com a higiene e saúde e sermos solidários com quem precisa. Neste caso, os idosos, que nem sempre podem sair para fazer as compras e irem às farmácias ou outros compromissos. Sempre é possível colaborar, tendo em vista que muitos não têm parentes que possam contar prontamente.
O Estado, ao retroceder de fase, dá um sinal de alerta de que é necessário cuidado ainda maior. Mesmo diante de tantas recomendações pelos órgãos de saúde, o cenário hoje, retratado diariamente nos noticiários, é de ruas mais cheias e o mais grave de tudo isso: com muitos cidadãos caminhando sem máscaras ou usando a proteção de forma inadequada, colocando a máscara abaixo do queixo ou com o nariz para fora, algo que acaba deixando a pessoa vulnerável. E não é isso: que está próximo também sai prejudicado.
Com a chegada das festas de final de ano, as pessoas naturalmente saem às ruas em busca de lembranças para familiares no Natal e, com isso, aparecem as aglomerações. Não é o momento para cenas assim. Se for necessário sair, é preciso usar a máscara, lavar sempre as mãos com água e sabão e quando isso não for possível utilizar álcool em gel para evitar o Coronavírus. As lojas também precisam se adequar, restringindo a entrada de muita gente ao mesmo tempo.
No caso dos jovens, que são os mais flagrados em bares e festas abertas, a mudança de postura é uma tarefa urgente. Não é hora de se aglomerar e fazer grandes eventos. O vírus está em circulação. O problema disso tudo é que, no retorno aos lares, esses mesmos jovens podem acabar levando o vírus para os pais e avós que estão se protegendo no dia a dia.
Prédios precisam se adequar e buscar novas formas de proteger os moradores. O uso da máscara é obrigatório e no elevador é necessário discernimento. Ninguém vai entrar no elevador cheio e muito menos com pessoas que estiverem sem proteção. Já vi comunicados de que pessoas da mesma unidade podem usar o mesmo elevador e quando for de unidades diferentes, é recomendável esperar o elevador vazio. Isso tudo vai de acordo com a administração dos prédios. Os tempos agora são outros. Qualquer forma, a mínima que seja, de proteção, pode salvar vidas e evitar que pessoas adoeçam. É hora de pensarmos no próximo também e como nossas atitudes podem refletir futuramente ou neste momento.
Coronel Camilo é secretário-executivo da Polícia Militar. É formado em Administração de empresas pelo Mackenzie, com bacharelado em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela FIAP e em Gestão de Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.
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