Por Roberto Maia
A semana começou com Lewis Hamilton igualando o recorde de 91 vitórias de Michael Schumacher na Fórmula 1 ao vencer o GP de Eifel, em Nürburgring, na Alemanha. Dois dias depois foi a vez de Neymar, que marcou três gols no jogo entre as seleções do Brasil e do Peru, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA Catar 2022, ultrapassar a marca de Ronaldo. Agora, o camisa 10 da Seleção Brasileira contabiliza 64 gols contra 62 do Fenômeno em confrontos contra seleções nacionais.
Principal nome do jogo vencido pelo Brasil por 4 a 2, em Lima, Neymar ao marcar o primeiro gol, de pênalti, comemorou balançando o dedo indicador e mostrando o número nove com as mãos, em referência ao craque do pentacampeonato de 2002.
À frente de Neymar em número de gols marcados pela Seleção Brasileira está Pelé, que mandou a bola para as redes adversárias em 77 oportunidades nos 92 jogos pela Seleção Brasileira. Se incluir os gols marcados em jogos contra combinados e clubes, Ronaldo tem 67 e o Rei do Futebol soma 95.
Resolvi escrever sobre esse tema porque os números não mentem e entram para as estatísticas e história. Mas não significa que Hamilton seja melhor piloto que Schumacher ou que Neymar seja maior que Ronaldo ou Pelé caso venha a alcançar a marca do Rei. O que acho possível de acontecer.
Neymar é um ótimo jogador, muito acima da média da atual geração que compõe a Seleção Brasileira nos últimos anos. Tanto que está entre os jogadores mais valorizados do mundo. Porém, Ronaldo e Pelé obtiveram conquistas mais expressivas com a camisa amarelinha da Seleção Brasileira.
Falar sobre Pelé é chover no molhado. Então vou focar nas conquistas do Fenômeno, que foi eleito três vezes o melhor do mundo pela FIFA (1996, 1997 e 2002) e é bicampeão mundial com o Brasil (1994 e 2002). Não por acaso fez jus ao apelido que significa extraordinário, raro e surpreendente. Ronaldo serviu a Seleção Brasileira por quase 17 anos e disputou 105 jogos. Certamente poderia ter aumentado a conta de gols marcados caso não tivesse ficado de fora em muitos jogos por causa das graves contusões no joelho que teve ao longo da carreira.
Protagonista na Copa disputada no Japão e Coreia do Sul, Ronaldo fez valer a fama de estrela no futebol mundial na época. Com oito gols marcados no torneiro, recebeu a chuteira de ouro, além, claro, do título mundial. O eterno camisa 9 da Seleção disputou cinco Copas do Mundo pelo Brasil, tendo marcado 15 vezes e se tornado o maior artilheiro brasileiro em Mundiais. Ronaldo também conquistou duas Copa Américas (1997 e 1998) e uma Copa das Confederações (1997).
Tomara Neymar consiga superar outros recordes e ajudar o Brasil a colocar a sexta estrela na Amarelinha mais famosa do mundo.
Roberto Maia é jornalista e cronista esportivo. Iniciou a carreira como repórter esportivo, mas também dedica-se a editoria de turismo, com passagens por jornais como MetroNews, Folha de São Paulo, O Dia, dentre outros. Atualmente é editor da revista Qual Viagem e portal Travelpedia.
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