O MUJ pretende apresentar histórias plurais judaicas conectando-as ao público brasileiro
A região dos Jardins e Bela Vista contam com mais um espaço expositivo! Após vinte anos de planejamento o Museu Judaico de São Paulo (MUJ), abriu suas portas em dezembro de 2021. Fruto de uma iniciativa da sociedade civil, o local conta quatro andares expositivos, uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café especializado em comidas judaicas.
O Museu está localizado no antigo prédio do templo Beth-EL - uma das sinagogas mais antigas da cidade, que passou por um processo de restauração, modernização e a construção de um prédio contemporâneo anexo para receber o público. Atualmente, estão em cartaz quatro exposições simultâneas -- duas de longa duração, sendo elas “A vida Judaica”, sobre os rituais e ciclo de vida judaico e “Judeus no Brasil: histórias trançadas”, que expõe as várias correntes migratórias dos judeus para o Brasil; e duas temporárias: Inquisição e cristãos-novos no Brasil: 300 anos de resistência, sobre a luta dos cristãos-novos para reconstruir suas vidas no país durante os 300 anos de vigência da Inquisição, e Da Letra à Palavra, que explora a relação entre a arte e a escrita, a imagem e a palavra, a partir da reunião de 32 artistas basilares da arte contemporânea brasileira. Estão à frente do projeto o presidente Sergio Simon, o diretor executivo Felipe Arruda e, na curadoria, a pesquisadora e crítica Ilana Feldman, além do grupo de voluntários que construiu a instituição.
A programação expositiva do museu tem por objetivo cultivar e manter vivas as diversas expressões, histórias, memórias, tradições e valores da cultura judaica, tecendo também um diálogo com o contexto brasileiro, com o tempo presente e com as aspirações de seus diferentes públicos, criando assim uma matriz baseada em princípios de diversidade, resistência e atualidade.
“Concebemos o Museu Judaico de São Paulo como um espaço de visões plurais sobre o judaísmo, apresentado como um complexo sistema cultural e identitário, que está sempre se reinventando. A partir da experiência judaica, o MUJ reflete sobre o tempo presente e cria tranças com a diversidade cultural do contexto brasileiro, acionando debates sobre preconceito, intolerância e outras questões sociais e políticas urgentes”, afirma Felipe Arruda.
O MUJ fica na Rua Martinho Prado, 128.
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