O Metrô de São Paulo assinou pela terceira vez um contrato para implantar o sistema de alimentação elétrica da Linha 17-Ouro. Após incumbir um consórcio liderado pela empresa Isolux e depois chamar o segundo colocado da licitação para assumir o projeto, a companhia assinou um novo documento com o Consórcio Ferreira Guedes Adtranz.
A empresa terá 21 meses para concluir o serviço, que permitirá que os trens de monotrilho possam circular nas oito estações do ramal e também no Pátio Água Espraiada. O prazo passa a contar a partir da emissão da primeira ordem de serviço, que tem 30 dias para ocorrer. Ou seja, o trabalho deverá ser finalizado por volta do segundo semestre de 2024.
A primeira fase do contrato prevê a elaboração do projeto executivo. Após sua aprovação pelo Metrô, será então autorizado o início das obras, que preveem a construção de uma nova subestação de energia em um terreno onde existe uma estrutura semelhante usada pela Linha 5-Lilás, na Avenida Bandeirantes. Cabos de energia serão então passados pelo subsolo do bairro do Campo Belo até a Avenida Roberto Marinho, onde serão conectados às vias.
Não se sabe se por conta dos seguidos atrasos dos dois contratos anteriores, o Metrô decidiu dividir toda a implantação em fases, chamadas de Termos de Aceitação Provisória. Há cerca de 120 desses termos listados que incluem desde a instalação de sistemas de média e baixa tensão e tração a ar-condicionado, iluminação e tomadas e até um posto de combustível no pátio.
O contrato de alimentação elétrica é crucial para que a imensamente atrasada Linha 17-Ouro entre em operação. Atualmente, o Metrô tem dois outros contratos principais em andamento, o de sistemas, que prevê a construção de 14 trens pela BYD SkyRail, e o de obras civis remanescentes, com o Consórcio Monotrilho Ouro. Ambos ainda estão em fases intermediárias, mas sem disponibilidade de eletricidade, muito ficará pelo caminho.
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