Por Paulo Panayotis
Las Vegas, Nevada/EUA. “Não é possível. É a quinta jogada na sequência que você ganha na roleta! Se eu fosse você, passaria o Réveillon aqui no cassino jogando.” A frase é de meu padrinho de casamento, sem acreditar na minha sorte grande. Essa foi a minha primeira vez em Las Vegas e, também, minha primeira vez em um cassino de verdade, no hotel Ária, um dos mais chiques da cidade. Calma. Eu também pensei que em Las Vegas somente havia “jogatina e gangster para todos os lados”. Bobagem. O estereótipo dos filmes americanos, com gangster chegando de carro e metralhando todo mundo em um restaurante italiano próximo a um grande cassino estava arraigado em minha mente. Quanta bobagem! Las Vegas é muito, mas muito mais do que somente roleta, black jack e maquininhas de caça-níqueis.
Ka: o impressionante espetáculo do Cirque du Soleil
De cara, o interior do teatro MGM Grand é um tapa na cara. Construído especialmente para este espetáculo, ‘KA’, do Cirque du Soleil, comporta mais de cinco mil pessoas, e o hotel, aberto em 1993, tem inacreditáveis 6852 quartos! Mais de 180 artistas fazem com que o espetáculo, de uma hora e meia, passe quase que em segundos. E o que falar dos palcos gigantescos que se movem para todos os lados, como se estivessem flutuando? Sem sombra de dúvida, foi o melhor e mais impressionante espetáculo deste tipo que vi em todo o mundo. E olha que conheço mais de 80 países.
Grand Canyon: The West Rim
A cerca de 200 quilômetros de Las Vegas, fica a entrada do majestoso Grand Canyon. Uma obra e tanto da natureza que tem que ser vista. Ao menos uma vez na vida. Sem reservar com antecedência, consegui a opção de última hora de ônibus, partindo do hotel Luxor. O passeio inclui água, almoço, trajeto de ida e volta, guia e entradas para o parque. A passarela, chamada de Skywalk (andar no céu, em livre tradução), parece flutuar a 1300 metros de altura (ingressos à parte) com um chão de vidro assustadoramente inebriante. Vá, meu amigo. Ao menos uma vez na vida. Passeios de avião, helicóptero e barco pelo rio Colorado, que corta o Grand Canyon, também estão disponíveis.
Vida noturna e compras
Um pouco de tudo para todos. É a minha definição de Las Vegas. Tem restaurantes japoneses, chineses, franceses e muitos especializados em hambúrgueres. Eu adoro a rede Five Guys, que serve hambúrguer feito na hora e ficou famosa por atender o ex-presidente Barak Obama e sua família. Eles batiam e batem ponto na rede em Washington DC até hoje. Sem falar dos trenzinhos (monorail) que cortam a famosa Strip, onde se concentram os maiores a melhores hotéis, resorts e cassinos de Las Vegas. Tem ainda lojas das mais famosas grifes do mundo. Para outros bolsos, tem lojinhas tipo Ross, Marshalls e Dolar Tree. Lojinhas é modo de falar. São enormes e vendem de tudo. E muitas oferecem preços melhores do que os encontrados em outlets oficiais (norte e sul de Las Vegas). Mas após a pandemia, é bom lembrar, os preços subiram muito e em dólar! Bem, como eu sempre digo: em viagem, quem converte, não se diverte, não é mesmo?
Somente uma volta pela agitado e fulgurante centro de Las Vegas já seria o suficiente para se encantar com essa cidade que nasceu no meio do deserto após o final da Segunda Grande Guerra para gerar empregos e renda para os americanos. Plantaram prédios gigantescos e colheram prosperidade e muito, mas muito dinheiro com o turismo, os hotéis e os cassinos. Ah, quanto ganhei? Joguei US$ 15,00 e faturei R$ 51,00! Pode não ter sido muito para pagar os drinques em Las Vegas, mas foi bom demais para meu ego!
Fotos: Paulo Panayotis / www.oquevipelomundo.com.br
Jornalista Paulo Panayotis viajou para Las Vegas com parceria da Avis.
Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de Tv, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis e Universal Assistance (ppanayotis@oquevipelomundo.com.br)
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