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Fernando Diniz na Seleção pode resgatar o futebol brasileiro

Foto do escritor: Roberto MaiaRoberto Maia

Por Roberto Maia

Fernando Diniz tem ideias diferenciadas e na Seleção poderá resgatar o futebol que consagrou o Brasil no mundo. (Foto: Rodrigo Ferreira/CBF)

Tempos atrás, já manifestei nesse espaço a minha admiração pelo trabalho desenvolvido por Fernando Diniz como treinador de futebol. Lembro de ter dito que seus times são os que mostram futebol diferenciado em comparação à mesmice praticada no mundo inteiro. Também comentei que ainda lhe faltavam conquistas para que pudessem lhe dar o merecido reconhecimento. E ainda faltam.


Mas o reconhecimento, em parte, veio com o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que ele assuma a Seleção Brasileira nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México.


O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ainda sonha com o treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, que viria para assumir a Seleção a partir de meados de 2024, quando chega ao fim o seu contrato com o time merengue. Mas, nos próximos 12 meses, Fernando Diniz tem tudo para transformar a Seleção Brasileira, resgatar o futebol que consagrou o Brasil no mundo e colocar dúvidas na cabeça do dirigente.


Diniz seguirá como treinador do Fluminense e sua estreia pela Seleção em um jogo será apenas em setembro, nos dois compromissos iniciais pelas Eliminatórias: nos dias 4 e 12, respectivamente, contra Bolívia, em local a definir, e Peru, em Lima. Antes, porém, em agosto, o técnico vai anunciar a sua primeira lista de convocados.


"Queria dizer que é uma mistura de alegria e honra poder estar aqui e ser escolhido e convocado para esta missão de treinar a Seleção Brasileira. É um sonho que se realiza", disse Fernando Diniz na entrevista coletiva na sede da CBF.

As ideias e visão de futebol de Diniz são diferenciadas. Se nos times que dirige, ele consegue tirar o máximo de jogadores, muitas vezes medianos, na Seleção poderá render muito mais. Afinal vai poder convocar os melhores para cada posição. Por isso, acredito que sua passagem pela Seleção será um divisor de águas e tem tudo para gerar bons resultados, além de um futebol vistoso e vitorioso. E, claro, colocar dúvidas na cabeça de Ednaldo Rodrigues e Carlo Ancelotti.


Não é só futebol

Gabriela Anelli é a mais recente vítima da guerra de torcidas que somente em 2023 tirou a vida de oito pessoas. (Foto: Reprodução/Instagram)

Quero também aproveitar esse espaço para manifestar minha indignação e tristeza pelos atos de violência praticados por torcedores. Semana passada falei sobre a emboscada e agressão que o jogador Luan foi vítima. E, infelizmente, poucos dias depois tivemos mais uma vítima por causa da guerra entre torcedores. Dessa vez, foi a jovem Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras de apenas 23 anos, que morreu após ser ferida no pescoço por uma garrafa atirada por um torcedor do Flamengo nas imediações do Allianz Parque.


A paixão por um time de futebol tem limites. Não é possível ferir ou matar em nome de um clube. Quem atira uma pedra, uma garrafa ou um rojão tem a intenção de ferir e matar alguém. E tem que ser punido como um criminoso comum por seus atos. Enquanto isso não acontecer, continuaremos a contabilizar vítimas.


Basta de violência no futebol! Basta de racismo no esporte!



Roberto Maia é jornalista e cronista esportivo. Iniciou a carreira como repórter esportivo, mas também dedica-se a editoria de turismo, com passagens por jornais como MetroNews, Folha de São Paulo, O Dia, dentre outros. Atualmente é editor da revista Qual Viagem e portal Travelpedia.

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