Por Fernando Jorge
No meu livro Paulo Coelho atacou Jesus Cristo, cuja sexta edição já está quase esgotada, eu provo que ele investiu contra o Salvador ao afirmar isto: Jesus era “um boa vida”, um ocioso, gostava de beber, pois transformou a água em vinho e não o vinho em água, e além de vomitar tais barbaridades, Paulo Coelho garantiu:
– Jesus Cristo foi politicamente incorreto.
Portanto esse coelho, perfeito monstrinho, acha que Jesus errou, pois devia ter apoiado o Império Romano, um império opressor, escravagista! Que absurdo!
Paulo Coelho expeliu todas essas infâmias numa entrevista concedida ao jornal inglês The Guardian. Daí se conclui, ele infringiu o Artigo 218 do Código Penal Brasileiro. O referido artigo garante a inviolabilidade dos sentimentos religiosos e considera crime difamar o objeto do culto dos referidos sentimentos. Pena estipulada, prisão de até um ano e multa elevada.
Provo no meu livro: Paulo Coelho é um péssimo escritor. Qualquer obra sua serve de exercício para a correção de erros de português, os seus livros estão repletos de erros gramaticais gravíssimos.
Além de ser um péssimo escritor, Paulo Coelho é mentiroso, se eu não quiser acusá-lo de agir como um vigarista, pois afirmou, numa entrevista concedida a revista Playboy, mostrar-se capaz de fazer ventar, chover e ficar invisível.
O meu xará Fernando Antonio Pinheiro, professor de sociologia da USP, é inteligente, escreve bem, mas não se conforma com o silêncio da crítica em relação ao Paulito Coelhito, escritor mosquito, cujos livros valem tanto como um sujo palito. Rimou! Professor, o silêncio da crítica já diz tudo, é um julgamento.
É explicável o sucesso mundial do Paulito Coelhito. Hoje, no mundo inteiro, existem milhões de apedeutas, de leitores desprovidos de cultura, e é ela, a cultura, que fornece o sendo crítico, a capacidade de avaliar, de discernir, de separar os diamantes dos pedregulhos cobertos de lama...
Acredito, o professor Fernando Antonio Pinheiro me entendeu.
Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Eu amo os dois”, lançado pela Editora Novo Século.
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