Por Fernando Jorge
Gostei da iniciativa da Prefeitura de São Paulo, de promover a vacinação, em larga escala, contra o vírus dessa gripe mortífera, mais devastadora do que a monstruosa Gripe Espanhola de 1918.
Iniciativas, como esta, da atual prefeitura de São Paulo, devem ser elogiadas e divulgadas. Elas formam grande contraste com os atos de corrupção dos nossos políticos venais, mercenários. Parabéns, prefeito Ricardo Nunes, devido a tal iniciativa, apagou-se de repente, da minha memória, estes outros nomes do Brasil: Corruptolândia, Propinolândia e Mentirolândia.
Tenho três editoras que lançam os meus livros, a Novo Século, a Geração Editorial e a HarperCollins, mas se uma delas me convidar para escrever uma história dos atos de corrupção dos políticos brasileiros, eu responderia assim:
– Não posso, só poderei escrever essa história se conseguir viver durante dois ou três mil anos.
Quantos políticos corruptos, quantos! Enumera-los seria falar sem parar, durante dias, semanas, meses, anos. São Paulo, por exemplo, teve um governador que realizava grandes obras, cobrando propinas, e muitos se referiam a ele desta maneira:
– Rouba, mas faz.
Certo dia, num comício, ele garantiu, batendo na sua calça:
– Aqui, no bolso desta minha calça, nunca enfiei dinheiro alheio!
Um gaiato gritou:
– Está de calça nova, governador?
Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Eu amo os dois”, lançado pela Editora Novo Século.
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