Pesquisa aponta que 60% dos brasileiros não estão satisfeitos com a qualidade do sono
O Dia Mundial do Sono , que teve origem em 2008, pelo Comitê do Dia Mundial do Sono, da Sociedade Mundial do Sono, neste ano, será comemorado no dia 19 de março. A data aponta os benefícios de uma boa noite de repouso e chama atenção para as descobertas científicas mais recentes sobre como um padrão de sono com horários irregulares e de má qualidade pode desencadear distúrbios psicológicos e afetar globalmente a saúde das pessoas. Por isso, o tema escolhido deste ano é "Sono Regular, Futuro Saudável" .
Segundo dados levantados pela Royal Philips em 2019, 60% dos brasileiros estão insatisfeitos com seu sono, sendo que 40% deles não dormem bem por conta de estresse e preocupação excessiva. Em escala global, 10% acompanham ou monitoram o sono, 36% dormem separado do parceiro para tentar dormir melhor e 74% admitem usar celular na cama.
Diante disso, a sócia e diretora de psicologia do Vigilantes do Sono - app voltado para melhorar a qualidade do sono -, Laura Castro, explica que dormir mal pode desencadear diversos problemas e, um dos primeiros sinais de alerta quando nos privamos de sono é o mau funcionamento da nossa capacidade de produzir anticorpos e da limpeza geral das células, deixando-nos mais suscetíveis à infecções e inflamações o que pode desencadear uma gripe ou virose hoje, mas também levar a doenças mais graves à longo prazo.
"Outro efeito que sentimos e rápido é sobre a capacidade de nos mantermos alertas e concentrados, passamos a ter lapsos de memória e nosso tempo de resposta se lentifica. Além disso, uma desregulação geral na capacidade de controle dos níveis de açúcar no sangue, o que com o tempo aumenta as chances de obesidade, diabetes, hipertensão, arritmias e a maioria das doenças cardiovasculares e outras doenças metabólicas ligadas ao estresse e controle hormonal", informa Laura Castro.
A especialista também aponta que tanto a privação como a irregularidade do sono podem se associar à depressão e ansiedade. "O excesso de estimulação ao sistema nervoso e o acúmulo de informações não processadas pela falta do sono ou de ritmicidade vão desencadeando oscilações no humor e com o tempo a preocupação, principalmente em jovens e casos mais graves, é que essas oscilações propiciem alucinações e paranóias, que podem desencadear surtos", complementa Laura.
Sobre o Vigilantes do Sono
Com pouco mais de um ano de atuação, o Vigilantes do Sono é um programa digital que proporciona melhoria na qualidade do sono de quem sofre com insônia. O conteúdo é baseado na Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I) desenvolvido pelos engenheiros Lucas Baraças e Guilherme Hashioka da Poli-USP e Laura Castro, pesquisadora e psicóloga do sono pela Associação Brasileira do Sono e Sociedade Brasileira de Psicologia.
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