Dermatologista Karla Lessa afirma que suplementação oral é benéfica para repor perda da proteína ao longo dos anos e melhorar o aspecto da pele
Uma das proteínas da pele que mais geram curiosidade nas pessoas é o colágeno, responsável pela sustentação da pele. Ao longo dos anos, a pele gasta cada vez mais colágeno para manter sua estrutura, ao mesmo tempo que a produção dessa substância vai diminuindo. É quando começam a aparecer as famosas rugas, linhas de expressão e flacidez conforme a idade avança.
Atualmente, há várias opções de reposição de colágeno, indo desde os procedimentos estéticos à suplementação oral da proteína. Mesmo existindo questionamentos sobre a real eficácia dessas alternativas, a dermatologista Karla Lessa é categórica em afirmar que vale a pena apostar em novas formas de garantir a quantidade adequada da substância no organismo.
“Muita gente me pergunta se tomar colágeno é positivo. É sim importante repor a proteína de outras maneiras, já que, a partir de certa fase da vida, passa a existir essa deficiência de colágeno no corpo”, explica a profissional.
Estudos atuais mostram que, a partir dos 30 anos, perdemos cerca de 1 a 5% de colágeno ao ano. A partir dos 40 anos, a produção cai 25%. Com 50 anos, diminui dramaticamente para 35%. Por conta dessa perda tão acentuada, investir na suplementação da substância se torna necessário.
“Como médica, eu recomendo a suplementação de colágeno a partir dos 30 anos e considero essencial após os 50. Não é barato, mas vale o investimento”, destaca.
O colágeno é uma proteína grande que, se não fosse quebrada ou hidrolisada, nosso corpo não conseguiria absorver. Ela se organiza em fibras na derme e seu papel é manter o tônus, a firmeza, e a resistência da pele, prevenindo o envelhecimento precoce.
A especialista defende o consumo da suplementação oral, principalmente aliado a procedimentos que estimulam a produção de colágeno local, como a aplicação de bioestimuladores.
“Não se sabe exatamente o percentual de absorção do colágeno oral. Está entre 5 e 15%, em média. Por isso, oriento sempre que esse tratamento seja alinhado a tecnologias diversas, como os bioestimuladores. Eles ativam cerca de 50% no local aplicado.”
O colágeno hidrolisado, quando ingerido por meio de cápsulas, se direciona às regiões do organismo que precisam da reposição, como a própria pele e os músculos e articulações. Ele dá um up no tratamento e reforça a estrutura da derme.
“Quando pensamos em melhorar o aspecto da pele, precisamos dos peptídeos ativos de colágeno, que vão chegar aos fibroblastos e estimular a produção da proteína. Para cuidar da pele, as cápsulas são ótimas opções, pois promovem um aumento da espessura dérmica, além de contribuir para a hidratação e firmeza da pele.”
A dermatologista ressalta que cada pessoa tem uma quantidade específica de colágeno. A genética ajuda, mas os hábitos de vida são determinantes no nível de produção e gasto da proteína. Quem mantém uma rotina saudável costuma ter mais estoque de colágeno no organismo.
“Há pessoas que podem ter menos colágeno por ingerirem poucas fontes de proteínas, pela exposição excessiva a radiação solar, poluição e o estresse. Uma boa noite de sono, a hidratação correta e a alimentação saudável com frutas e verduras auxiliam no estímulo dessa proteína”, acrescenta.
“Do mesmo modo, alimentos ricos em açúcares causam glicação, que é um grande fator de envelhecimento cutâneo e acelera a sua degradação da pele”, alerta.
Vale lembrar que a suplementação deve ser acompanhada por um profissional de saúde qualificado.
“Procure um dermatologista de confiança! Ele vai indicar qual é o melhor momento para começar a suplementação e te indicar como consumir cápsulas ricas em antioxidantes e vitaminas minerais”, completa.
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