Por Roberto Maia
Os confrontos para as quartas de final da Copa do Brasil foram definidos na terça-feira, dia 19. Em sorteio realizado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, os oito times que seguem na competição conheceram os seus adversários. Também ficaram sabendo as datas dos jogos, quem decidirá em casa e como será o chaveamento até a grande final.
Entre os clubes paulistas classificados o Corinthians enfrentará o Atlético-GO e o São Paulo terá o América-MG pela frente. O Timão decidirá a vaga na sua arena Neo Química, enquanto o Tricolor fará o segundo jogo em Minas Gerais. Os dois rivais paulistas podem se enfrentar em uma final caso avancem nas próximas duas fases.
Os outros dois confrontos colocarão frente a frente Fortaleza x Fluminense e Flamengo x Athletico-PR. O Fluzão e o Furacão farão os jogos de volta como mandantes.
Os jogos das quartas de final serão realizados nos dias 27 e 28 de julho e 17 e 18 de agosto.
Entre os times que brigam pelo título da Copa do Brasil, cinco deles estão envolvidos em três competições simultaneamente: Corinthians, Flamengo e Athletico-PR, que também disputam a Copa Libertadores e o Brasileirão; enquanto o São Paulo e o Atlético-GO estão competindo na Copa Sul-Americana e no Campeonato Brasileiro.
No Brasileirão, Corinthians, Fluminense, Athletico-PR, Flamengo e São Paulo estão entre os dez primeiros na tabela. Já o América-MG, Atlético-GO e Fortaleza estão na zona de rebaixamento e lutam para não caírem para a Série B em 2023.
Disputar competições diferentes e com excesso de jogos está levando os técnicos a um nível de estresse máximo. Tem sido comum ver a chateação de treinadores como Vítor Pereira (Corinthians) e Rogério Ceni (São Paulo) ao reclamarem do calendário absurdo do futebol brasileiro que os obriga a jogar até três vezes em uma semana. Os dois também lamentam o tamanho dos seus respectivos elencos, que carecem de jogadores experientes e mais competitivos que os garotos que são alçados da base e lançados entre os profissionais sem um preparo adequado.
Até treinadores de clubes em melhor situação financeira como Abel Ferreira (Palmeiras) e Dorival Júnior (Flamengo) sentem os efeitos do excesso de jogos e sofrem com o cansaço dos atletas e as muitas contusões musculares. Todos eles sabem que, apesar do calendário massacrante, se seus times não avançarem nas competições a capacidade deles será questiona e poderão ser demitidos. Mesmo que estejam fazendo verdadeiros milagres e mostrando competência ao manterem seus times nas três competições. .
Roberto Maia é jornalista e cronista esportivo. Iniciou a carreira como repórter esportivo, mas também dedica-se a editoria de turismo, com passagens por jornais como MetroNews, Folha de São Paulo, O Dia, dentre outros. Atualmente é editor da revista Qual Viagem e portal Travelpedia.
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