Como funciona a Radioterapia no câncer do colo de útero?
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Como funciona a Radioterapia no câncer do colo de útero?

Por Paulo Lázaro


Ao falar da Campanha Janeiro Verde, referente à conscientização e prevenção do câncer de útero, somos sempre questionados sobre como funciona o tratamento da Radioterapia nesse tipo de câncer.


São tantas as dúvidas que atormentam a paciente quando ela recebe o diagnóstico de câncer que a Radioterapia nem sempre é abordada com a devida profundidade.


As primeiras perguntas das pacientes costumam ser:


- se doí (a aplicação não causa dor),

- se o corpo ficará radioativo (não ficará),

- quais os efeitos colaterais do tratamento (além da conhecida fadiga),

- se ocorre queda de cabelo (a radioterapia só afeta a área do corpo em que o tumor está localizado).


Mas antes de pensar nos efeitos colaterais é importante saber que o principal benefício da Radioterapia em tumores de colo de útero é a cura. Por isso, é essencial sempre manter uma atitude positiva em relação ao tratamento, além de fazer todos os questionamentos para a equipe assistente.


Também é importante saber que a Radioterapia tem a missão de usar radiações ionizantes para destruir ou impedir que elas aumentem. Na maioria das pacientes tratada com radiações, o resultado costuma ser muito positivo e o tumor pode desaparecer, com ótimo controle da doença.


Quando não é possível obter a cura, em casos mais adiantados da doença, a radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida.


Tipos de tratamento


Em estágios muito iniciais do câncer de colo do útero, o tratamento principal é a retirada da lesão, para os outros casos utilizamos a radioterapia ou quimioirradiação (radioterapia e a quimioterapia administradas em conjunto) e braquiterapia ginecológica. Geralmente as sessões acontecem cinco vezes por semana, ao longo de cinco a sete semanas.


São dois tipos de Radioterapia no caso de câncer do colo do útero. O primeiro é a radioterapia externa, que por feixe externo usa raios X, com uma energia mais alta que a usada para diagnóstico.

Cada tratamento de radioterapia dura apenas alguns minutos, mais o tempo de posicionamento da paciente. A radioterapia também pode ser administrada como tratamento principal do câncer de colo do útero em pacientes que não toleram a quimiorradiação, que não podem ou optam por não fazer a cirurgia. Também pode ser administrada isoladamente para tratar áreas de disseminação da doença. Os efeitos colaterais, a longo prazo, podem ser fadiga, problemas digestivos, diarreia, náuseas e vômitos, alterações na pele irradiada, dor vaginal, cistite, e é muito importante passar em consultas periódicas durante esse período.


O outro tipo de tratamento é a braquiterapia, na qual um material radioativo é inserido dentro ou próximo ao órgão a ser tratado. Para isso são utilizados fontes radioativas específicas, pequenas e de diferentes formas por meio de guias denominadas cateteres ou sondas. A braquiterapia é usada principalmente em adição a radioterapia de feixes externos como parte do principal tratamento para o câncer de colo do útero.


Raramente pode ser usada isoladamente em casos específicos de câncer de colo do útero.

O efeito colateral mais comum na braquiterapia é a irritação da vagina, que pode se tornar vermelha e dolorida. A vulva também pode ficar inflamada. A braquiterapia também pode provocar efeitos colaterais similares a radioterapia de feixes externos, como fadiga, diarreia, náuseas, irritação da bexiga e diminuição das taxas sanguíneas. Muitas vezes braquiterapia é administrada logo após a radioterapia de feixes externos (antes que os efeitos colaterais tenham desaparecido), por isso pode ser difícil saber qual tipo de tratamento está causando o efeito colateral.


Seja qual for o método, é importante que a paciente não falte nenhum dia, para não prejudicar o seu tratamento.


Sucesso no tratamento

Para o sucesso do tratamento a paciente deve ter ciência que seu estilo de vida vai contribuir muito para a cura total. Por isso, é imprescindível uma boa alimentação, com alimentos leves e o mais natural possível, exercer a espiritualidade, fazer, conforme recomendação médica, exercícios físicos e manter o alto astral. Acredite: tudo vai dar certo.



Paulo Lázaro é médico, graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com doutorado na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Radioterapia e Neuro-oncologia. Idealizador do site Radioterapia Legal https://radioterapialegal.com.br

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