Coordenadoria de Vigilância em Saúde intensifica ações de controle da doença em regiões com maior incidência de casos
A Prefeitura de São Paulo atua continuamente para o controle da dengue e outras arboviroses, mas cabe esclarecer que o ano de 2020 não pode ser utilizado como parâmetro para comparações sobre a situação da doença na capital. O isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 trouxe uma situação atípica de baixa circulação de pessoas e queda acentuada na quantidade de casos. A concentração de cidadãos em suas residências, evitando a procura pelos serviços de saúde, mesmo com possíveis sintomas, teve reflexo direto no número de notificações da doença. Pode ter havido, portanto, uma subnotificação. Quando comparado com outros anos epidêmicos, como 2019, quando houve 16.966 registros da doença, até o momento, 2021 tem tido menos notificações, com 6.551 casos até o último dia 29 de junho.
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realiza medidas de prevenção rotineiramente. Equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis) trabalham em parceria com as subprefeituras em atividades casa a casa, avaliação de densidade larvária, bloqueio de criadouros, nebulização e outras ações em pontos estratégicos. O bloqueio de nebulização é mais uma das medidas adotadas na capital paulista. A atividade é feita a partir da confirmação do caso e visa eliminar as formas adultas do mosquito vetor nos imóveis existentes em uma determinada área, por meio da aplicação de adulticida.
Todo o trabalho realizado pela Covisa é intensificado em regiões com maior incidência de casos. Nesses locais, o poder público municipal reforça atividades casa a casa, visando a identificação e eliminação de possíveis criadouros, e a conscientização dos munícipes sobre as medidas necessárias para evitar a proliferação do Aedes aegypti nas residências. Além do trabalho realizado pela Secretaria Municipal da Saúde, é importante que a população paulistana adote medidas para conter a proliferação do mosquito transmissor da dengue. A principal prevenção consiste na eliminação de criadouros, ou seja, em não deixar água parada em pneus e vasos de plantas. Limpar a caixa d’água e deixá-la sempre fechada também auxilia no combate ao vetor da doença.
Sintomas da dengue Um paciente pode ter diferentes apresentações clínicas quando contrai a dengue. Os primeiros sintomas, que normalmente aparecem de quatro a dez dias após a picada do mosquito, são a presença de manchas vermelhas, dor no corpo e dor muscular. Existem quatro tipos de vírus da dengue, o que significa que uma mesma pessoa pode pegar a doença até quatro vezes.
O paciente com dengue precisa ser monitorado, pois pode apresentar agravamento do quadro clínico. Se apresentar os sintomas clínicos de alarme da dengue grave, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, tonturas e sangramentos de mucosa, deve procurar atendimento médico imediatamente, pois eles indicam maior risco de agravamento.
Dengue e outras arboviroses As arboviroses são doenças que podem ser transmitidas por insetos e aracnídeos, como mosquitos, aranhas e carrapatos, por exemplo. A dengue, a zika e a chikungunya são arboviroses transmitidas pela picada do Aedes aegypti. Esse mesmo mosquito, no seu ciclo urbano, também pode transmitir a febre amarela. Além da semelhança na forma da transmissão, os sintomas podem ser parecidos. Febre alta com início súbito, dores de cabeça, atrás dos olhos e no corpo, perda do apetite, manchas vermelhas na pele, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço e dores nas articulações são sinais comuns a todas essas arboviroses. Ainda assim, mesmo com sintomas parecidos, existem alguns aspectos que auxiliam na identificação.
Confira a seguir mais informações sobre as outras arboviroses:
Zika A maioria dos pacientes não apresenta nenhum sintoma e grande parte dos casos tem evolução benigna. A transmissão pode acontecer pela via sexual e, apesar de o vírus já ter sido encontrado no leite materno e na saliva, não foram identificados casos de transmissão por essas vias. A pessoa infectada pode ou não apresentar febre, geralmente baixa (entre 37,8 e 38,5 graus), com duração de dois a sete dias. Há maior risco em gestantes, especialmente, quando a doença ocorre no 1º e 2º trimestre de gestação, podendo levar a malformações do feto.
Chikungunya O termo chikungunya significa “aqueles que se dobram” e faz referência à aparência curvada da pessoa em decorrência das fortes dores musculares e nas articulações. Os pacientes podem ficar incapacitados devido à dor, ao edema e à rigidez das articulações, sendo incapazes de executar tarefas normais ou ir ao trabalho. A pessoa pode pegar a doença apenas uma vez e ficar imune. Além dos sintomas comuns a todas as arboviroses, no caso do chikungunya o principal diferencial são as dores articulares que podem ser intensas e limitar os movimentos. Frequentemente aparecem na região do tornozelo, punho e articulações da mão, mas podem afetar outras articulações. Febre amarela Doença com alta taxa de mortalidade, a febre amarela possui dois tipos de ciclos: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, é transmitida pela picada do mosquito Haemagogus e Sabethes em região de mata. Já no urbano, a transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti. Contudo, a febre amarela pode ser evitada com a vacinação. No município de São Paulo, a vacina está recomendada para todas as regiões.
コメント