Capital lança plano municipal de enfrentamento à sífilis congênita
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Capital lança plano municipal de enfrentamento à sífilis congênita

Devido ao aumento progressivo na taxa de incidência de sífilis congênita, SMS organiza um conjunto de ações estratégicas para combater a doença

Imagem: Marina Demidiuk/Shutterstock

Novembro é o mês de combate nacional à Sífilis e à Sífilis Congênita. Sendo assim, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) coloca em ação o plano municipal de enfrentamento à infecção sexualmente transmissível, que afeta gestantes e bebês. Uma força-tarefa mobilizará diversas áreas da SMS para combater o aumento progressivo de novos casos detectados na capital. A taxa de sífilis congênita em 2020 é estimada em 7,1 para cada mil nascidos vivos.


Serão realizadas ações estratégicas, técnicas e práticas para atingir o objetivo do plano que é reduzir, na capital, 5% ao ano o coeficiente de incidência da sífilis congênita, quando a gestante passa a doença para o bebê. A meta é chegar ao índice de eliminação de transmissão vertical, definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estipula um resultado menor ou igual a 0,5 casos por mil nascidos vivos.


Outras medidas contempladas são ampliar a testagem de sífilis para a população que possui vida sexual ativa e para 100% das gestantes que buscam o serviço de pré-natal, tratar adequadamente as mulheres grávidas diagnosticadas com a doença em tempo oportuno, atender aos parceiros sexuais de forma conjunta, além de oferecer tratamento e acompanhamento a recém-nascidos expostos à doença.


O teste e o tratamento para sífilis são realizados nas 469 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas 82 Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAS)/UBSs integradas, das 7h às 19h, nos 26 hospitais municipais que funcionam 24 horas por dia, além dos 26 estabelecimentos da Rede Municipal Especializada em Infecções Sexualmente Transmissíveis e Aids (IST/Aids). A unidade mais próxima pode ser consultada na plataforma Busca Saúde.


Segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica da Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa), a capital registrou 1.130 casos de sífilis congênita de janeiro a dezembro de 2019, ano de maior alta dessa doença, um aumento de 208,87% em relação a 2010.

O número de grávidas diagnosticadas com sífilis teve alta de 635,17%, entre 2010 e 2020, de 890 para 5.662 casos. A capital somou ao todo 37.505 registros neste período. A taxa de detecção chega a 38,5 por 1.000 nascidos vivos. O índice reflete também que as gestantes estão sendo diagnosticadas e tratadas. Já os casos de sífilis adquirida aumentaram em 3,1%, entre 2018 e 2019, de 15.697 para 16.183.


Consequências

A sífilis é uma doença transmitida por via sexual e materno-fetal, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença é exclusiva do ser humano e é curável. Se não tratada, pode evoluir para formas mais graves, comprometendo os sistemas nervoso e cardiovascular. Em gestantes, pode levar a desfechos como aborto, morte de um feto após 20 semanas de gestação, baixo peso, prematuridade, entre outras enfermidades.

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