Por Roberto Maia
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No dia 17 de maio, durante o 74º Congresso da FIFA realizado em Bangkok, na Tailândia, o Brasil foi eleito país-sede da Copa do Mundo Feminina de 2027. A candidatura brasileira venceu a disputa com a proposta conjunta da Alemanha, Bélgica e Holanda, obtendo 119 votos contra 78 dos europeus. Alguns fatores foram decisivos para o Brasil conseguir ser mais bem avaliado, a exemplo da disponibilidade de estádios, hospedagem e de locais oferecidos à realização do Fan Festival pela FIFA. Este anúncio marca um momento histórico, pois será a primeira vez que o torneio será realizado na América do Sul.
A candidatura brasileira se destacou desde as avaliações iniciais. Técnicos da FIFA realizaram uma vistoria em fevereiro e avaliaram a proposta brasileira com uma nota de quatro em cinco, superior à nota de 3,7 da candidatura europeia. O relatório de quase cem páginas divulgado em maio destacou os estádios escolhidos e o apoio do Governo Federal ao evento. Esse suporte foi essencial para a vitória da candidatura.
"Essa decisão da FIFA terá um grande impacto positivo no futebol feminino brasileiro e na vida de milhões de mulheres do Brasil. Além de investir na realização da Copa do Mundo, toda a cadeia produtiva do futebol feminino no Brasil e na América do Sul dará um imenso salto de desenvolvimento," afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A comitiva brasileira em Bangkok foi composta por figuras importantes do futebol feminino, como as ex-jogadoras Aline Pellegrino e Formiga, além da atacante Kerolin, atualmente jogando nos Estados Unidos. O grupo também contou com consultores e o ministro do Esporte, André Fufuca.
A Copa do Mundo Feminina de 2027 ocorrerá entre 24 de junho e 25 de julho, utilizando dez dos doze estádios que sediaram a Copa do Mundo Masculina de 2014. A Arena das Dunas, em Natal, e a Ligga Arena, em Curitiba, ficaram de fora. O Maracanã, no Rio de Janeiro, será o palco do jogo de abertura e da final. Outros estádios incluem a Neo Química Arena em São Paulo, o Mané Garrincha em Brasília, o Mineirão em Belo Horizonte, a Arena Fonte Nova em Salvador, o Beira-Rio em Porto Alegre, a Arena da Amazônia em Manaus, a Arena Pantanal em Cuiabá, a Arena Castelão em Fortaleza, e a Arena Pernambuco em São Lourenço da Mata.
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Esta será a décima edição da Copa do Mundo Feminina. Desde sua criação, o torneio já foi sediado por países como China, Suécia, Estados Unidos, Alemanha, Canadá e França. A seleção espanhola é a atual campeã mundial, juntando-se a Estados Unidos, Alemanha, Japão e Noruega como vencedoras anteriores. Os EUA detêm o recorde de títulos, com quatro conquistas.
Como país-sede, o Brasil já está garantido no Mundial, mantendo sua presença em todas as edições da Copa Feminina até hoje. A seleção brasileira busca seu primeiro título, tendo chegado perto em 2007, quando ficou com o vice-campeonato após perder para a Alemanha.
A lendária jogadora Marta, maior artilheira da história das Copas do Mundo, será uma inspiração para a equipe. A jogadora participou de seis edições e marcou 17 gols, um a mais que o alemão Miroslav Klose.
A realização da Copa do Mundo Feminina no Brasil promete impulsionar o futebol feminino e trazer benefícios econômicos e sociais significativos. A preparação já está em andamento, com o Ministério do Turismo e o Ministério dos Esportes trabalhando juntos para garantir que o país esteja pronto para receber este evento monumental. Gianni Infantino, presidente da FIFA, expressou sua confiança: "Parabéns ao Brasil. Vamos agora organizar a melhor Copa do Mundo da história no Brasil", disse.
Portanto, o Brasil que sediou a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 tem tudo para realizar uma experiência inesquecível em 2027.
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Roberto Maia é jornalista e cronista esportivo. Iniciou a carreira como repórter esportivo, mas também dedica-se a editoria de turismo, com passagens por jornais como MetroNews, Folha de São Paulo, O Dia, dentre outros.
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