Brasil entra na briga para sediar o próximo Mundial de Clubes
- Roberto Maia
- 25 de jun.
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Por Roberto Maia

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) intensifica suas negociações com a FIFA para trazer ao país uma das competições mais ambiciosas do futebol mundial: o Mundial de Clubes com seu novo formato. Com 32 participantes e faturamento projetado de US$ 2 bilhões, o torneio representa uma oportunidade única para o Brasil consolidar sua posição como grande sede de eventos esportivos globais.
O presidente da CBF, Samir Xaud, esteve recentemente em Miami para se reunir com o mandatário da FIFA, Gianni Infantino, apresentando os argumentos que fazem do Brasil um candidato natural para receber a competição. Durante o encontro, Xaud enfatizou a capacidade brasileira de organizar eventos de grande porte, citando a experiência bem-sucedida na Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 com investimentos já realizados em infraestrutura esportiva.
A estratégia da FIFA de expandir o Mundial de Clubes para 48 equipes até 2029 cria um cenário favorável para países com tradição futebolística e capacidade organizacional comprovada. O Brasil, que já sediou duas Copas do Mundo e possui uma das ligas mais competitivas do planeta, surge como opção natural para acolher uma competição que promete revolucionar o calendário do futebol mundial.

Atualmente com 32 participantes, o Mundial de Clubes adquire dimensões similares à Copa do Mundo, mas com o diferencial de reunir os melhores clubes de cada continente, proporcionando confrontos inéditos entre as principais potências do futebol mundial.
Para o Brasil, sediar o Mundial de Clubes significaria não apenas o retorno de um grande evento FIFA ao país, mas também a oportunidade de movimentar a economia do turismo e reafirmar sua vocação para grandes competições esportivas. As oito cidades-sedes que receberão jogos da Copa Feminina de 2027 já demonstram a capacidade de infraestrutura disponível, criando um ambiente propício para acolher mais uma competição de prestígio internacional.
A concorrência, no entanto, promete ser acirrada. Países como Espanha, Marrocos, Austrália e Nova Zelândia também manifestaram interesse em sediar futuras edições do torneio. A experiência brasileira na organização de eventos, aliada à paixão nacional pelo futebol e à qualidade das equipes brasileiras no cenário mundial, constituem argumentos sólidos na disputa pela sede.
O Mundial de Clubes reformulado representa mais que uma simples competição esportiva - é uma aposta da FIFA no potencial comercial e midiático do futebol de clubes. Com um formato que promete superar até mesmo a Copa do Mundo em termos de faturamento e audiência global, sediar esse evento colocaria o Brasil novamente no centro das atenções do futebol mundial.
Enquanto aguarda a decisão da FIFA, o Brasil trabalha para fortalecer sua candidatura, demonstrando que possui todos os requisitos necessários para proporcionar ao mundo mais um espetáculo esportivo inesquecível.

Roberto Maia é jornalista e cronista esportivo. Escritor e editor do portal travelpedia.com.br
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