Por Fernando Jorge
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Recebo muitas cartas e mensagens dos meus leitores, devido ao lançamento de novas edições dos livros escritos por mim. A leitora Laura Smith Dutra Vasconcelos Drummond enviou-me uma carta com estas palavras:
“Escritor Fernando Jorge, acabei de ler o seu livro Vida e poesia de Olavo Bilac, cuja sexta edição foi lançada pela editora Novo Século, e fiquei impressionada com a descrição que o senhor fez da luta da família de Amélia de Oliveira, a mulher amada pelo grande poeta Olavo Bilac, contra o seu namoro com ele. Coitados, como os dois sofreram. E por causa disso não puderam se unir, casar!
Sim, leitora Laura, é a pura verdade, pois as famílias podem ajudar ou prejudicar os namorados. Conheci uma jovem que cometeu o suicídio porque a sua família impediu o casamento dela com o seu namorado. A moça era de uma família muito rica e a jovem apaixonou-se por um operário. A mãe lhe dizia:
– Se você continuar a namorar esse pobretão, o seu pai já decidiu, vai mandar matá-lo. Escolha. Escolha, é a vida dele que está em jogo.
Consequência, a moça suicidou-se, como se matou a Julieta da famosa peça de William Shakespeare, intitulada Romeu e Julieta, na qual o jovem Romeu pertencente a uma família inimiga da família de Julieta.
A família de Amélia de Oliveira impediu a sua união com Olavo Bilac, apenas por este motivo: porque ele era poeta e portanto, na opinião dessa família, um desocupado, um vagabundo...
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Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Eu amo os dois”, lançado pela Editora Novo Século.
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