Por Fernando Jorge
Segundo informa a Bíblia, livro belo e sagrado, Moisés, líder do povo judeu, tentou várias vezes convencer o faraó do Egito a libertar esse povo, que vivia escravizado no país do rio Nilo. Homem de coração duro, insensível, o faraó, apesar da insistência de Moisés, não cedeu, não libertou o povo de Deus. Então este enviou dez pragas ao país das pirâmides, enxames de moscas, a morte de cavalos, jumentos, camelos, ovelhas, bois, milhares de feridas sangrentas nos corpos dos egípcios, chuva de pedras, destruidoras das lavouras, das plantações, etc.
Só após Deus lançar a última praga, a décima, a morte dos primogênitos, enlutando as famílias dos egípcios, o impiedoso coração do faraó cedeu, permitiu a libertação do povo de Deus e de Moisés.
Muito bem, eu não sou Moisés, porém vou mostrar aqui as dez pragas do Brasil.
Praga primeira, a corrupção no setor da política.
Praga segunda, a ignorância do povo. Ela coloca os políticos canalhas no poder.
Praga terceira, a inflação, acompanhada pela alta de preços dos alimentos, dos objetos, dos aluguéis.
Quarta praga, o desemprego, acompanhado pela fome, pela miséria.
Quinta praga, a deficiência no setor da saúde pública, do SUS.
Sexta praga, os programas chatíssimos de algumas emissoras de televisão.
Sétima praga, letras cretinas de música, feitas por débeis mentais.
Oitava praga, o aumento de roubos e assassinatos.
Nona praga, a publicação de livros pornográficos, como o romance Cinquenta tons de cinza, ou melhor, Cinquenta tons de porcaria...
Décima praga, suborno generalizado, propinas.
Chega, não aguento mais, sou um revoltado!
Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Eu amo os dois”, lançado pela Editora Novo Século.
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