A real de segurança no Centro de São Paulo
- Coronel Camilo
- 24 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Por Coronel Camilo

Quando falamos sobre segurança, temos que analisar que ela está diretamente ligada à diminuição da criminalidade, à qualidade de vida e à confiança que a população sente quando caminha pela Praça da Sé ou Vale do Anhangabaú, por exemplo, encontra policiamento 24 horas nas ruas e se sente mais segura.
Andar pela região central e não sentir mais insegurança é resultado do trabalho realizado pela prefeitura de São Paulo, em conjunto com o governo estadual, que aumentou o efetivo da GCM, nomeando 2 mil novos guardas, incrementou em 1.200 vagas o policiamento pela atividade delegada (aquela onde os policiais militares trabalham nas suas folgas), investiu em novos veículos, equipamentos e que nos traz a certeza de que estamos sendo vigiados. Sim, por eles, e também pelas câmeras inteligentes dos Programas Smart Sampa e da Muralha Paulista.
Com esses cuidados, o Centro tem registrado, consecutivamente, tendência de queda nos índices de criminalidade bastante expressiva, resultado de um esforço conjunto de vários atores, incluindo a comunidade, os Conselhos Comunitários de Segurança e as associações de bairro. Para ficar fácil de entender, se comparássemos esses números com o desempenho de um hospital, significaria muitas vidas salvas ou numa empresa, seriam grandes lucros. Esses resultados, portanto, são uma clara prova de sucesso. No entanto, é crucial continuar trabalhando com dedicação para garantir ainda mais avanços na segurança da população.
Acrescento, como em todas as palestras que faço, a importância da prevenção primária, que são aqueles programas e ações de prevenção, executadas no ambiente e no comportamento das pessoas, voltadas para impedir a ocorrência do crime, atuando na raiz da questão, para nos antecipar e neutralizar as situações antes que se manifestem.
Como exemplo, temos que cuidar da limpeza de terrenos baldios, imóveis vazios, abandonados, iluminação. Assim funciona o Programa Vizinhança Solidária, com a participação ativa do cidadão na segurança da sua rua, do seu bairro. É muito simples, parte-se do desenvolvimento do sentimento de pertencimento das pessoas que, tendo consciência da importância da sua atitude, olham e vigiam com mais atenção não só as questões da sua casa, mas de todo o entorno. E mais ainda, comunicam imediatamente qualquer atitude suspeita à polícia para que esta se antecipe e aja em situações que poderiam se transformar num delito, reduzindo a probabilidade dele acontecer.
Por fim, além de executar as ações, é preciso divulgar. Parafraseando o imperador romando Júlio César, não basta ser, tem que parecer. Assim, precisamos divulgar que a rua está melhor, o bairro está melhor, que o Centro está melhor. Isso, além de trazer mais pessoas para o Centro, melhorando mais ainda, aumentará a percepção de segurança.
Que tal quebrar o paradigma de que o Centro está perigoso, pois isso não é mais uma realidade. Faço um convite a você: confira você mesmo como a Praça da Sé está melhor, como o Pateo do Collegio, como o Triângulo Histórico está melhor, como a Praça da República está melhor e venha, venha para o Centro!

Coronel Camilo é formado em Administração de Empresas pelo Mackenzie, com bacharelado em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela FIAP e em Gestão de Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.
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