Por Fernando Jorge
Sim, a derrota de Trump é lição para o nosso país e sobretudo para os nossos políticos corruptos. Meses antes de Biden ser eleito presidente dos Estados Unidos, eu disse a vários amigos:
– Donald Trump vai perder de maneira estrondosa.
Todos perguntavam:
– Por que, Fernando?
Eu respondia, sem vacilar:
– Porque Donald Trump é mau e burro. E a sua burrice é incurável, a não ser que se submeta a uma operação cirúrgica, a fim de ter o seu cérebro substituído por outro, de miolos inteligentes.
O amigo leitor indagará:
– Mas escritor Fernando Jorge, como você pode provar que o Donald Trump é burro?
Respondo, de maneira firme:
– Trump não é apenas burro. É burríssimo. Ele, um dos homens mais ricos do mundo, é também riquíssimo na arte de agir de modo incorreto, de vomitar asneiras.
Alguns dos meus prezados leitores talvez repliquem:
– Prove que Donald Trump é burro, mostre, porém, de modo claro.
Agora passo a exibir as provas. Atenção! Atenção!
Prova número 1. Ele não parava de xingar os jornais, a imprensa dos Estados Unidos, sobretudo o New York Times. Resultado, devido a esses ataques cretino, injustificáveis, a tiragem do New York Times, subiu, cresceu de forma impressionante. Passou de 1 milhão de exemplares para 6 milhões! O burro Trump deu mais força, mais prestígio a esse grande jornal! Que burrice!
Prova número 2 da asnice sonora, berrante, de Trump. Ele merece, sem dúvida, receber cabresto, ferraduras nas duas patas e chicotadas no seu lombo duro, pois obcecado pela ideia de construir um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México, mandou separar, sem piedade, centenas de filhos de mexicanos, crianças de pouca idade, dos seus pais. Agiu como um monstro, com o tipo de ódio que Hitler tinha pelos judeus. Como foi burro o Donald Trump, como foi burro! Jogou toda a população de origem hispânica do seu país contra ele! Senti vontade, após fazer isto, de enviar à Casa Branca, em Washington, para ele comer à vontade, comer tanto até sentir fortes dores de barriga, diversos tipos de capim, em volumosa quantidade, o capim-guiné, o capim-gordura, o capim-de-angola, o capim barba-de-bode, o capim-de-canudinho. Todos esses capins, porém, com cheiro de ratos podres e cobertos de gorduchos vermes amarelos. Estou até ouvindo, por causa da minha imaginação, os relinchos de gozo, de imenso prazer, do quadrupede equino Donald Trump.
Prova número 3 da burrice imensa, crônica, incurável, do Donald, que não é engraçado como o Pato Donald, do Walt Disney. Depois que um policial branco matou um negro, colocando a sua pesada pata sem ferradura no pescoço dele, ao longo de oito minutos, houve centenas de protestos contra essa selvageria de um feroz animal da espécie humana. Que fez o burríssimo Donald Trump, sem a graça, repito, do Pato Donald do Walter Disney? Enviou tropas do exército para reprimir os protestos dos manifestantes, conte-los! É ou não é burrice colossal? Resultado: milhões de negros americanos votaram no Biden. E até brancos antirracistas.
Aconselho o Donald Trump a devorar os vários tipos de capim que, rápido vou mandar para ele. E, quando os engolir, eu o aconselho a zurrar bastante. Zurrar tanto que os seus zurros possam ser ouvidos aqui no Brasil e em todo o nosso planeta...
Reafirmo, a derrota de Trump é lição para o nosso país e para os nossos políticos safados, merecedores de absoluto desprezo e até de cadeia em penitenciárias de segurança máxima.
Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Eu amo os dois”, lançado pela Editora Novo Século.
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