Por Coronel Camilo
Com frequência assistimos nos noticiários, ou ouvimos em uma conversa num café, críticas ao poder público. Devemos sim criticar, comunicar e cobrar para que melhore. Mas será que estamos fazendo a nossa parte?
Precisamos nos conscientizar de que a cidade nos pertence. Desta forma, temos a especial missão de cuidar do que é nosso e trabalhar na melhoria e proteção do espaço público. Isso inclui muito além da nossa calçada. Também é importante dentro das ações do dia a dia denunciar o que está errado, pois o poder público não é onipresente e nem sempre lhe chegam as informações.
Temos visto vários lugares com lixo, ruas com entulho, compartimentos com água parada e tantos outros objetivos que servem como criadouros para o mosquito Aedes Aegypti, um problema que se agrava com a chegada do verão. A luta neste combate deve ser de todos. Lado a lado, poder público e cidadão devem se unir para enfrentar essa questão de saúde pública.
Além disso, os ambientes que seguem destruídos aumentam a sensação de insegurança e facilitam a ação criminosa como furtos e roubos. Raramente um assaltante irá escolher ruas iluminadas e bem tratadas para agir. Está aí a grande importância de zelar pelos nossos espaços.
É fundamental exercermos a cidadania em nosso bairro, em nossa cidade e zelarmos pelas ruas e avenidas. Sabemos que o Poder Público tem papel preponderante na manutenção da cidade, mas também temos obrigação, como cidadãos, de ajudarmos e cobrarmos, por que não?
Reclamar no café ou com amigos e vizinhos não é a melhor saída. Daí a importância do sentimento de pertencimento. Devemos destinar os entulhos para locais adequados. Até geladeiras e sofás continuam fazendo parte do cenário da cidade. Isso é um crime para o ambiente!
O nosso trabalho de fiscalização continua dentro de casa, ao verificarmos cada vaso de planta, caixa d'água, piscina e recipientes que possam ser um meio de reprodução do mosquito.
Muitos também têm reclamado do barulho nas ruas causado por frequentadores dos bares e festas abertas. E não só isso. Temos a questão dos 'pancadões' – reuniões que chegam a fechar as vias, prejudicando o ir e vir das pessoas. Existiram casos em que uma família teve um parente com problemas de saúde e sua garagem ficou obstruída pelo público desses bailes que não puderam socorrer a vítima.
Com a Lei Estadual 16.049/2015, a “Lei dos Pancadões”, que completa 7 anos, é possível ajudar a população a ter a tranquilidade de volta. Comunique o poder público, pelo telefone 156, pelo aplicativo SP156 ou pelo telefone 190, logo no início e será mais fácil enfrentar este grande problema.
A união das pessoas faz a diferença. Convoque familiares e amigos para ajudar, solucionando os pequenos problemas da sua comunidade e comunicando ao poder público aqueles que não conseguem resolver sozinhos. Enfim, exerça a cidadania, faça sua cidade melhor, faça sua parte!
Coronel Camilo é secretário-executivo da Polícia Militar. É formado em Administração de empresas pelo Mackenzie, com bacharelado em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela FIAP e em Gestão de Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.
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